General Braga Netto coloca as "cartas na mesa" e dá o duro recado: “Sem voto auditável não tem eleição em 2022”

 



Reportagem publicada no jornal O Estado de São Paulo, nesta quinta-feira (22), afirmou que o presidente da câmara, deputado federal Arthur Lira, teria recebido um recado do ministro da Defesa, General Walter Braga Netto, por meio de um interlocutor político.


A mensagem seria a de que as Forças Armadas, por meio de seus chefes militares, do Exército, Marinha e Aeronáutica, não admitem a realização das eleições de 2022 sem a garantia do voto impresso auditável.



 

O fato, segundo o jornal, teria ocorrido no último dia 8 de julho, mesmo dia em que o presidente Jair Bolsonaro disse, diante de apoiadores, na entrada do Palácio da Alvorada, que “ou fazemos eleições limpas no Brasil ou não temos eleições”


A matéria diz também que Lira, após ouvir o recado, mostrou preocupação, em reunião a portas fechadas, chegando a dizer que a situação era gravíssima.


O ministro do Supremo Tribunal Federal Luís Roberto Barroso, entretanto, escreveu em suas redes sociais, na manhã desta quinta (22), afirmando que o ministro da Defesa, general Walter Braga Neto jamais colocou em risco ou ameaçou as eleições no país:


“Conversei com o Ministro da Defesa e com o Presidente da Câmara e ambos desmentiram, enfaticamente, qualquer episódio de ameaça às eleições. Temos uma Constituição em vigor, instituições funcionando, imprensa livre e sociedade consciente e mobilizada em favor da democracia”.

A PEC 135/19, do voto impresso auditável, tem recebido ataques por parlamentares de esquerda e ainda por outros que se dizem, mesmo, apoiadores do governo, mas que seguem, entretanto, recomendações de suas legendas partidárias, pela não aprovação da mesma.


A base governista, liderada pela deputada Bia Kicis, autora da proposta, e pelo deputado Filipe Barros, o relator, resistiu a uma tentativa de derrubada da matéria, no último dia de trabalhos no congresso, antes do recesso de meio de ano. A votação agora está previamente marcada para o próximo dia 4 de agosto.


Movimentos a favor da aprovação da PEC prometem reunir milhões de pessoas em todo o país, em manifestação no próximo dia 1 de agosto.


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