A suspeição de Moraes, a “mentira” revelada pela PGR e a revolta dos caminhoneiros

 


No ano passado fiz um texto que até hoje roda por aí cujo título era ‘O Apressado Come Cru’.


Esse texto foi feito no início da pandemia que coincidiu com a abertura do Inquérito das Fake News.


Muitos cobravam do presidente uma resposta enérgica após buscas e apreensões e prisões. Todas de origem ilegal.



 

Um ano e meio depois muita coisa aconteceu.


E muitas ilegalidades também.


Durante todo esse tempo Bolsonaro deixava claro que jogaria nas quatro linhas, mesmo quando os outros poderes rasgavam a Constituição.


E assim está sendo.


Alexandre de Moraes e Luiz Roberto Barroso viram um campo fácil para avançar, afinal eles tem o poder da caneta.


Avançam com suas ilegalidades cada vez maiores.


E o presidente dando corda e documentando tudo.


Ontem, mais uma prisão ilegal. Alexandre de Moraes, além de tudo o que se sabe a respeito das ilegalidades dos inquéritos, prendeu alguém que deve dinheiro a ele.


Isso porque Alexandre de Moraes processou Roberto, ganhou e não recebeu. Está executando na justiça.


A lei é clara ao tornar impedido magistrados de participar de atos processuais com quem demanda na justiça.


Mais do que isso, Alexandre de Moraes mentiu ao acusar a PGR de não ter se manifestado. E foi a própria PGR, em nota oficial, que atacou essa acusação,


Alexandre de Moraes sabe que o Ministério Público tem prazo impróprio. Sabe tanto que na ação de Daniel Silveira ele mesmo alegou isso.


Falando em Daniel Silveira, Alexandre de Moraes não teve a mesma cautela que teve com o pedido de prisão do deputado em relação a Roberto Jeferson.


É praxe no STF que prisões como essa não sejam deferidas em decisão monocrática. Ela deve ser analisada no plenário.


Roberto Jeferson é presidente de partido político e nem isso foi suficiente para parar o arroubo autoritário de Alexandre.


Em uma tentativa, que parece ser a última, de parar tantas ilegalidades da dupla Moraes e Barroso, Bolsonaro decide jogar a bola para o Senado.


O presidente do Senado já sentou em cima de um pedido de impeachment de Alexandre com quase 3 milhões de assinaturas.


Mas agora é um pedido da presidência.


Muitos ainda acham pouco. Mas lembrem-se que o apressado come cru.


Bolsonaro tem mostrado ao Brasil e ao mundo a tentativa golpista de ministros do STF que junto com parte da classe política e da velha mídia querem passar por cima da vontade da maioria dos brasileiros.


Vontade essa que é vista sempre que Bolsonaro sai em público.


Mas, dessa vez, o presidente contará com uma ajuda que pode ser a decisiva para acabar com os arroubos da turma que acha que eleição não se vence, se toma.



Milhares de caminhoneiros prometem parar o Brasil. A promessa é que essa paralisação seja por apenas 3 dias, mas, diante das últimas jogadas fora das 4 linhas, pode ser mais.


A bandeira é o respeito à democracia, voto impresso auditável e impeachment de ministros do STF.


A história recente mostra que eles podem parar o Brasil. Se resolverem parar até a saída dos dois ministros a situação pode ficar muito complicada para eles.


Que Deus abençoe o Brasil!


Legalidade acima de tudo! A vontade do povo acima de todos!!


Flavia Ferronato. Coordenadora Nacional do Movimento Advogados do Brasil.

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