Sem alguns de seus jogadores mais importantes, o Flamengo ficou no empate por 1 a 1 com o Ceará fora de casa neste domingo (22), pelo Brasileirão. Sem Willian Arão e Bruno Henrique (suspensos) e Arrascaeta (com desgaste muscular), o técnico Renato Gaúcho poupou alguns jogadores, de olho no duelo de quarta-feira (25) contra o Grêmio, pelas quartas de final da Copa do Brasil.
No Fim de Papo, live pós-rodada do UOL Esporte - com os jornalistas Isabela Labate, Mauro Cezar Pereira, Milly Lacombe e Renato Maurício Prado - as decisões tomadas por Renato Gaúcho foram contestadas pelos comentaristas, que questionaram se o treinador já colocou o Brasileirão em segundo plano.
"O Renato Gaúcho fez sua primeira grande lambança. Contra o Internacional, apesar do chocolate que o Flamengo levou, ainda dava para aceitar aquela história de que nada deu certo. Hoje [ontem], apesar dos desfalques, o Flamengo tinha obrigação de jogar melhor. Praticamente todo mundo jogou muito mal. Já estou começando a desencanar do Everton Ribeiro. O Renato fez umas lambanças... Escalou de novo Bruno Viana, que é horroroso. O time ficou devendo muito. Com o time que foi a campo, tinha obrigação de ganhar", analisou Renato.
Mauro também questionou o plano traçado pelo treinador para a partida em Fortaleza. "Não acho que cabe ao técnico determinar qual é a prioridade. A instituição é quem determina. É uma decisão estratégica dela. Não tem que ficar nas mãos do técnico. No Grêmio, o Renato decidia em conjunto com a diretoria, que concordava em poupar jogadores no Brasileiro e entrar com força máxima no mata-mata. No Flamengo, a história é diferente, mas ele, malandramente, parece que priorizou o campeonato que ele gosta mais, que é o mata-mata", criticou.
Além da escalação, Renato achou que o técnico errou também na hora de mexer na equipe rubro-negra. "O Renato foi muito mal nas substituições. O Pedro era para ter voltado no intervalo, e não voltou. Quando ele finalmente coloca o Pedro, tirou todo mundo e botou uns garotos que, sinceramente, não vão a lugar nenhum. Em nenhum momento em que eles entraram houve uma faísca. O Renato começou a querer pensar no jogo contra o Grêmio", enfatizou.
Outra questão levantada por Mauro foi a ausência de Arrascaeta no duelo contra o Ceará. "Se o jogo fosse decisivo, de um torneio eliminatório, o Arrascaeta certamente estaria à disposição. Ele poderia não jogar os 90 minutos, mas ficaria no banco para entrar por 10, 15, 20 minutos, para tentar resolver um jogo difícil. De repente, ele não viaja, sabendo que não teria Arão e Bruno Henrique", estranhou o colunista.
Para Renato, o caso do meia uruguaio merece maiores explicações. "A questão do Arrascaeta precisa ser investigada. Se ele de fato sentiu dor muscular, não faz sentido arriscar um jogador como ele tendo um jogo de mata-mata contra o Grêmio. Mas era uma partida importante para ele jogar. O departamento médico do Flamengo é uma caixa-preta. É bastante complicado", completou.