Stormy Daniels defende Donald Trump em entrevista: "Ele não merece ser preso"


A atriz pornô Stormy Daniels concedeu sua primeira entrevista desde que o ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, se apresentou à Justiça. Ela é uma das figuras centrais em um caso que levou ao indiciamento de Trump, e comemorou o fato de vê-lo virar réu, mas não acreditou que ele mereça ser preso por seu caso especificamente. A entrevista foi publicada nesta quinta-feira (6) pela Fox Nation e foi destaque no site Política Online Brasil.

Daniels, cujo nome verdadeiro é Stephanie Clifford, disse que os crimes de Trump contra ela não são dignos de prisão. Ela celebrou o fato de ter visto o ex-presidente "sendo destronado" ao assistir Trump entrar no tribunal de Manhattan na terça-feira. "Achei que ele iria se safar e não ser responsabilizado", afirmou ela.

Daniels se referia a um pagamento clandestino de US$ 130 mil que o agente de Trump, Michael Cohen, fez a ela nos últimos dias da campanha eleitoral de 2016. O caso começou a partir dessa transação e se ampliou, revelando o pagamento de dinheiro também para a ex-modelo da Playboy Karen McDougal e um porteiro da Trump Tower que dizia ter provas de que o republicano teve um filho fora do casamento.

Ao ver Trump entrar no tribunal, Daniels disse que teve uma "mistura de emoções", mas principalmente tristeza e choque. "Fui a faísca que deu a primeira explosão", contorno.

Ela afirmou que concordaria em testemunhar contra Trump em um próximo julgamento e disse não ter ódio do ex-presidente, "apenas pena". Os advogados de Trump têm até agosto para apresentar contestações ao processo e outras fases ainda devem se arrastar por meses, coincidindo com a campanha eleitoral para 2024, em que Trump já se lançou como candidato.

O caso de Trump envolve 34 reações de falsificação de registros financeiros feitas contra ele pela promotoria de Nova York. Segundo a acusação, o objetivo de Trump ao cometer essa fraude seria esconder pelo menos três de seus casos extraconjugais do público, antes da eleição americana de 2016, por meio do suborno das pessoas envolvidas. A falsificação de registros contábeis pode ser considerada uma contravenção, que normalmente não resultaria em prisão. Mas se torna crime – aumentou em até quatro anos de prisão – se houver a intenção de cometer ou ocultar um segundo delito. Segundo o promotor público de Manhattan Alvin Bragg, os falsos registros contábeis de Trump tinham a intenção de encobrir supostas violações das leis eleitorais estaduais e federais.

A comparação de Trump ao tribunal na terça-feira foi um momento sem precedentes na história americana. Nas próximas etapas, a defesa de Trump tentará convencer o juiz do caso, Juan Merchan, a arquivar a denúncia

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