RMP: "Daniel Alves voltou de Tóquio, mas o futebol ficou por lá"


Após ser eliminado da Libertadores pelo Palmeiras, o São Paulo deu sinais de reação. Neste domingo (22), o Tricolor visitou o Sport e venceu por 1 a 0, ficando mais longe da zona do rebaixamento. Dois personagens que estiveram sob os holofotes na derrota por 3 a 0 no Allianz Parque estiveram em campo na Ilha do Retiro: Daniel Alves e Benitez, que tiveram participação discreta.

No Fim de Papo, live pós-rodada do UOL Esporte - com os jornalistas Isabela Labate, Mauro Cezar Pereira, Milly Lacombe e Renato Maurício Prado - os comentaristas falaram sobre as atuações dos dois jogadores em Recife. O lateral, que teve atuação pouco inspirada no Choque-Rei, voltou a decepcionar. Benítez, que nem atuou contra o Palmeiras, jogou alguns minutos diante do Sport.

"O 'vovô olímpico' está devendo. Realmente, ele não jogou na hora que se esperava dele, que foi naquele jogo contra o Palmeiras. Hoje, a atuação dele foi bastante discreta também. Fisicamente, o Daniel Alves voltou de Tóquio, mas o futebol dele, pelo visto, ficou por lá. Vamos ver o que vai fazer daqui para a frente", analisou Renato.

No caso de Benítez, o que chamou a atenção foi o fato de ele não ter entrado em campo diante do Palmeiras, mesmo quando o Tricolor precisava de um jogador com suas características para tentar ser mais incisivo na partida. Os constantes problemas físicos acompanham o meio-campista desde antes de sua chegada ao Morumbi.

Mauro destacou que, recentemente, o São Paulo tem se arriscado ao contratar reforços conhecidos pelos problemas físicos. "O Benítez era assim no Independiente e no Vasco e me parece frágil fisicamente, Há pouco tempo, contratou o Everton, que tinha no mínimo uma lesão muscular por ano. Quando se contrata um jogador, você precisa saber do histórico do cara. O São Paulo tem que ter mais cuidado com isso", comentou.

Para Mauro, as circunstâncias do duelo deste domingo também ajudam a entender porque Benítez entrou em campo e, no clássico pela Libertadores, nem saiu do banco. "Ele entrou hoje porque talvez nos últimos dias tenha apresentado uma recuperação e jogou alguns minutos. E foi um jogo diferente daquele do de terça, que era mais pesado. Foi contra uma equipe mais fraca, o São Paulo vencia e estava mais preocupado em fazer o tempo passar e não correr riscos. Era para administrar resultado e reter a bola", avaliou.

Milly lembrou que o Tricolor tem sofrido com seguidos problemas físicos de seus jogadores, e que o caso de Benítez não é o único no elenco. "O preparo físico sempre foi um dos grandes valores do São Paulo. Durante muito tempo, o Reffis era um lugar onde todos iam se recuperar. É estranho que isso tenha acontecido e não pode ser uma coincidência que tantos se machuquem assim", frisou.

O que aconteceu com Benítez no duelo contra o Palmeiras deveria ter sido melhor esclarecido, na visão de Mauro. "Pelo que o Crespo falou depois do jogo de terça, ficou claro que ele não confiava na condição do jogador, de entrar em campo e fazer aquilo que gostaria. A pergunta é: por que ele colocou no banco? Talvez para evitar um problema interno, mas aí cria um problema com a torcida. A imprensa questiona. O Benítez tem talento para colocar um companheiro na cara do gol e o São Paulo precisava de alguém para criar uma situação de perigo. Ficou uma interrogação", concluiu.
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