Em primeira votação no STF, Mendonça chega com tudo e mostra a que veio

 


O mais novo ministro do STF, André Mendonça, tomou posse em dezembro mas não teve oportunidade de participar de nenhum julgamento porque a Corte entrou em recesso, logo depois.


Na sua estreia, Mendonça já bateu de frente com a maioria do Supremo Tribunal Federal.


Ele votou na ação que trata de medidas para diminuir a letalidade policial em comunidade do Rio de Janeiro: a chamada “ADPF das Favelas”.


Até agora, apenas o relator Edson Fachin e o ministro Alexandre de Moraes votaram, ambos contrários a operações da polícia militar nas favelas ou morros cariocas, exatamente onde se concentram os líderes do narcotráfico e do crime organizado.



 

Mendonça contrariou os dois ministros que já haviam votado dessa forma:


"Se a atuação do Estado atualmente é deficiente nessas localidades, não é impedindo ou restringindo o agir das forças de segurança que se solucionará o problema, pelo contrário. 

Onde não há estado, há crime organizado. É preciso estimular a inserção das forças públicas nesses espaços a partir de diretrizes que orientem sem inviabilizar a elaboração de planos". 

 

Imediatamente, os defensores da tese que o problema da criminalidade no Rio é causado pela polícia e não pelos marginais, interromperam Mendonça e o confrontaram.


Gilmar Mendes disse:


"Em uma constituição que veda a pena de morte como a nossa, nós não podemos espalhar mortes". 

Mendonça deixou claro que não está para brincadeiras e não vai abrir mão de seus princípios.


Os "surtos coletivos" já começaram...

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