Ministros do Supremo cancelam reunião com Bolsonaro


A divulgação do encontro entre os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e o presidente Jair Bolsonaro (PL), que seria realizado na tarde desta terça-feira (1º), causou irritação em alguns magistrados da Corte, que optaram por cancelar a reunião.

Após a informação ter sido vazada para a imprensa, os ministros ficaram preocupados com a possível imagem que isso poderia ter. Estavam pré-confirmados os ministros Rosa Weber, Kassio Nunes Marques, Gilmar Mendes e Luiz Fuz. Alexandre de Moraes e André Mendonça não iriam pelo fato de estarem fora de Brasília (DF).

A intenção do presidente era demonstrar seu descontentamento com relação à condução do processo eleitoral. Agora, com esse cancelamento, o juízo negativo do presidente deve aumentar, o que pode deixar o clima político ainda mais tenso na capital federal.

Na conversa com os ministros, Bolsonaro também pretendia dizer que as manifestações de caminhoneiros ao longo dos últimos dias são uma espécie de exemplo do que pode se transformar o Brasil caso haja uma ação virulenta do Judiciário contra ele e seus apoiadores após 1º de janeiro.

Muitos aliados de Lula têm dito, principalmente nas redes sociais, que há possibilidade de vingança contra o atual mandatário em 2023, com o ajuizamento de diversas ações na Justiça, o que poderia culminar em operações policiais contra ele e aliados.

Mesmo com o cancelamento da reunião com o STF, Bolsonaro fará um pronunciamento à nação. O texto que será lido pelo presidente vem sendo preparado em conjunto com os ministros Paulo Guedes (Economia), Ciro Nogueira (Casa Civil), Daniella Marques (Caixa Econômica), Fábio Faria (Comunicações), Rogério Marinho (ex-Desenvolvimento Regional e senador eleito) e o general Augusto Heleno (chefe do GSI)

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