Marcos Rogério sobe o tom e critica julgamento do STF sobre o 8 de janeiro


Senador Marcos Rogério Critica Julgamento do STF Sobre o 8 de Janeiro


O senador Marcos Rogério (PL-RO) lançou críticas contundentes ao julgamento conduzido pelo Supremo Tribunal Federal (STF) em relação aos acusados dos eventos ocorridos em 8 de janeiro deste ano. Em um pronunciamento feito nesta terça-feira (19), o parlamentar destacou preocupações fundamentais sobre o processo em curso.


Segundo o senador, os réus estão enfrentando acusações que, na sua visão, são "desconhecidas na História do Brasil". Estas incluem a abolição do Estado democrático de direito, golpe de Estado, associação criminosa, dano qualificado ao patrimônio da União e deterioração do patrimônio tombado. Para Marcos Rogério, é de extrema importância distinguir entre aqueles que cometeram crimes e aqueles que não cometeram, argumentando que muitas pessoas se dirigiram à Esplanada dos Ministérios sem prever os tumultos que se desenrolariam.


O senador enfatizou que, na sua perspectiva, o que ocorreu não constitui um golpe de Estado, pois "não havia armas nem força militar por trás dos acontecimentos". No entanto, ele reconheceu a existência de invasões a prédios, depredação e agressões a policiais, levantando a questão da proporcionalidade das penas aplicadas. Ele ponderou: "Então, eu realmente, ao ver o julgamento, acompanhar os primeiros julgamentos, eu fico imaginando: como é que você explica para um cidadão que está lá na ponta que alguém que sequestra, estupra e mata, às vezes, está sendo condenado a uma pena menor? Vai passar menos tempo na cadeia do que alguém que foi lá e fez uma arruaça, que participou de um quebra-quebra. Repito: cometeu crime? Sim. Deve ser julgado? Sim. Mas é preciso ter equilíbrio, é preciso ter racionalidade, é preciso ter a compreensão do tamanho do dano."


Além disso, o parlamentar criticou a atuação da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de Janeiro, alegando que a comissão está conduzindo uma "investigação parcial, sem focar em todos os atores envolvidos e tentando proteger os responsáveis pela omissão que levou à depredação".


Este pronunciamento de Marcos Rogério acrescenta mais um capítulo ao debate em curso sobre os eventos de 8 de janeiro e as implicações legais relacionadas a eles. A questão da proporcionalidade das penas e a abordagem da CPMI também permanecem como tópicos de discussão relevantes.

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