Se não fosse por Augusto Aras, talvez não tivéssemos democracia, diz Toffoli

O ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal, expressou seu elogio a Augusto Aras, atual Procurador-Geral da República (PGR), durante uma sessão do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) realizada nesta segunda-feira.


Toffoli destacou a importância da atuação de Aras, afirmando: "Não fosse a responsabilidade, a paciência, a discrição e a força de seu silêncio, Augusto Aras, talvez nós não estivéssemos aqui. Nós não teríamos talvez democracia."


O ministro acrescentou: "Faço essas referências porque são coisas [que serão] contadas mais à frente da história. Porque poucas pessoas sabem, mas estivemos bem próximos da ruptura. E na ruptura não tem Ministério Público, não tem direitos, não tem a graça. A graça é ser amigo do rei."


Augusto Aras está prestes a encerrar seu mandato como PGR, previsto para a terça-feira, 26 de setembro. Ele ocupou o cargo desde 2019, sendo indicado e reconduzido em 2021 pelo ex-presidente Jair Bolsonaro.


Em sua última sessão no STF como PGR, Aras fez críticas às "narrativas distorcidas" sobre sua gestão, em meio a alegações de omissão diante de possíveis crimes do governo Bolsonaro durante a pandemia da Covid-19.


A expectativa agora gira em torno da indicação do novo procurador-geral, que, segundo informações, será feita pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nos próximos dias.

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