Em 2023, Brasil piora 10 posições em ranking sobre corrupção


Brasil Registra Queda Significativa no Índice de Percepção da Corrupção em 2023


30/01/2024 - O Brasil, sob o terceiro mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), enfrenta uma significativa queda no Índice de Percepção da Corrupção (IPC) divulgado pela Transparência Internacional. Em 2023, o país caiu 10 posições, saindo do 94º para o 104º lugar, entre 180 nações analisadas.


O índice, que é amplamente reconhecido como o principal indicador global sobre corrupção, revelou uma variação negativa de dois pontos, passando de 38 para 36. O Brasil agora compartilha sua posição com nações como Argélia, Sérvia e Ucrânia. Essa performance coloca o país abaixo das médias global e das Américas, e ainda o classifica abaixo da categoria de "democracias falhas".


No topo do ranking, países como Dinamarca, com 90 pontos, e Finlândia, com 87, lideram as melhores avaliações. Em contraste, as piores posições são ocupadas por Somália, com 11 pontos, e Venezuela, Síria e Sudão do Sul, todas empatadas com 13 pontos.


O Índice de Percepção da Corrupção baseia-se em dados provenientes de 13 fontes, refletindo as percepções de empresários e especialistas sobre os níveis de corrupção no setor público de cada nação. Em relação ao desempenho brasileiro em 2023, várias decisões e acontecimentos foram identificados como fatores contribuintes.


Uma das ações destacadas foi a escolha do presidente Lula de nomear Cristiano Zanin para o Supremo Tribunal Federal (STF). Essa decisão, segundo analistas, teve um impacto negativo na percepção internacional em relação à integridade do sistema judicial brasileiro.


Outro elemento crucial foi o aumento da influência do Centrão, uma coalizão de partidos que se alinhou com o governo, desencadeando debates sobre possíveis concessões em troca de apoio político. Além disso, as decisões do STF, como a anulação de provas no acordo de leniência da Odebrecht e a redução da multa no acordo com o grupo J&F, contribuíram para a piora da posição do Brasil no ranking.


Esses eventos levantam questões sobre a eficácia das medidas anticorrupção implementadas pelo governo e destacam a importância de fortalecer as instituições responsáveis pela transparência e integridade. O impacto negativo no IPC não apenas afeta a reputação internacional do Brasil, mas também ressalta a necessidade de reformas e ações concretas para combater a corrupção em todas as esferas do governo.


Em um momento em que a confiança na integridade institucional é vital, o governo enfrenta o desafio de reverter essa tendência negativa, restaurando a confiança tanto dentro quanto fora do país. O futuro do Brasil no cenário global dependerá, em grande parte, das medidas que serão tomadas para enfrentar os desafios apontados pelo Índice de Percepção da Corrupção de 2023.

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