Gleisi ataca ONG responsável pelo ranking de corrupção


Brasil Critica Queda no Ranking de Corrupção: Presidente do PT Ataca Transparência Internacional


A presidente do Partido dos Trabalhadores (PT), deputada Gleisi Hoffmann (PT-PR), expressou forte descontentamento com a recente queda do Brasil no Índice de Percepção da Corrupção (IPC) divulgado pela ONG Transparência Internacional. A organização apontou uma queda de dez posições desde que o ex-presidente Lula assumiu o cargo.


Gleisi acusou a Transparência Internacional de desinformação, alegando que a instituição tem uma "longa trajetória de desinformação sobre os governos do PT". No entanto, ela ressaltou que o novo relatório ultrapassou limites ao criticar as indicações de ministros e procurador-geral feitas por Lula.


No Twitter, a deputada afirmou: "Acusar de retrocesso a indicação dos ministros Cristiano Zanin e Flávio Dino ao STF, além da escolha de Paulo Gonet para a PGR, revela apenas a má vontade e a oposição política da ONG a Lula e ao PT". Ela também questionou se a ONG queria que Lula indicasse procuradores e ministros associados à Operação Lava Jato.


Gleisi prosseguiu com críticas diretas à Transparência Internacional, pedindo que a organização abra suas contas e explique seus vínculos com personalidades como Moro e Dallagnol, indicando que poucos saíram tão desmoralizados das investigações sobre os crimes da Lava Jato quanto a instituição.


Brasil perde posições no Ranking Mundial de Corrupção


O novo Índice de Percepção da Corrupção coloca o Brasil ao lado de nações como Argélia, Sérvia e Ucrânia, com uma pontuação que fica abaixo das médias global e das Américas. Surpreendentemente, o país ficou ainda abaixo da classificação de "democracias falhas". As decisões do presidente Lula, incluindo a nomeação de Cristiano Zanin para o STF, foram apontadas como fatores que contribuíram para a avaliação negativa do Brasil em 2023.


Além disso, o fortalecimento do Centrão e as ações do STF, anulando provas do acordo de leniência da Odebrecht e multando o grupo J&F, foram destacados como determinantes para a piora do posicionamento brasileiro no ranking. Esses eventos, segundo as 13 fontes de dados consideradas pela Transparência Internacional, influenciaram as percepções de empresários e especialistas sobre o nível de corrupção no setor público do Brasil.


Críticas e Acusações: Brasil Questiona Integridade da Transparência Internacional


Gleisi Hoffmann não apenas criticou a classificação, mas também acusou a Transparência Internacional de cumplicidade com o ex-juiz Sergio Moro e o procurador Deltan Dallagnol na perseguição a Lula e ao PT. Ela alegou que os dirigentes da ONG tornaram-se sócios nas tentativas da dupla de se apropriar de recursos públicos ilegalmente, afirmação que foi categoricamente negada pela Transparência Internacional.


Enquanto o Brasil busca entender as razões por trás da queda no ranking, o debate sobre a influência política na avaliação da corrupção ganha destaque, alimentado pelas acusações contundentes da presidente do PT. O embate entre o governo e organizações internacionais de transparência certamente continuará a moldar a narrativa política no país.

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