Idade foi um dos motivos para liberdade de Valdemar; entenda


Ministro Alexandre de Moraes Manda Soltar Presidente do PL, Valdemar Costa Neto, Após Prisão em Operação da PF


O presidente do Partido Liberal (PL), Valdemar Costa Neto, foi solto por determinação do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, após passar por uma audiência de custódia na Superintendência Regional da Polícia Federal, no Distrito Federal, nesta sexta-feira (9). A decisão ocorreu um dia após a prisão do dirigente, que foi detido após policiais federais encontrarem uma arma de fogo com posse supostamente irregular em sua casa durante buscas realizadas em uma operação da PF.


Além da arma, os federais encontraram uma pepita de ouro na residência de Valdemar Costa Neto. Segundo a primeira perícia da PF, a origem da pepita seria de garimpo. No entanto, Alexandre de Moraes levou em consideração algumas circunstâncias específicas ao decidir pela soltura do político. O ministro destacou que Valdemar é idoso, com 74 anos, e que os objetos encontrados estavam dentro de sua residência, não tendo sido cometidos crimes com violência ou grave ameaça.


A defesa de Valdemar Costa Neto argumentou que a posse da pepita de ouro não configura delito, segundo a jurisprudência, e também afirmou que a arma encontrada é registrada, tem uso permitido e pertence a um parente próximo, sendo esquecida há vários anos no apartamento do político.


Valdemar Costa Neto entrou na mira da Polícia Federal devido ao uso de dinheiro do Partido Liberal para reforçar uma falsa narrativa de fraude nas urnas, tentando legitimar as manifestações de apoiadores do presidente Jair Bolsonaro que surgiram próximo a instalações das Forças Armadas após o segundo turno das eleições de 2022. Segundo a PF, o partido foi "instrumentalizado" para essa finalidade.


A estratégia do PL incluiu uma ação movida no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para anular os votos de 279,3 mil urnas eletrônicas, alegando "mau funcionamento" do sistema. No entanto, o partido foi multado por "má-fé" pelo TSE. A ação do PL pedia uma "verificação extraordinária" das urnas usadas na eleição, afirmando, sem provas, que houve "quebra de confiabilidade dos dados extraídos" de parte dos aparelhos.


A versão apresentada pelo partido era a de que Jair Bolsonaro teria tido 51,05% dos votos no segundo turno e vencido a disputa contra o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O suposto problema estaria nos modelos de urna lançados antes de 2020, que têm um número de série único.

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