Comandante do Exército decide vetar promoção de Cid, que manterá cargo de tenente-coronel


Comandante do Exército Veta Promoção do Tenente-Coronel Mauro Cid


O comandante do Exército, Tomas Paiva, tomou a decisão de vetar a promoção do tenente-coronel Mauro Cid à patente de coronel. Cid, conhecido por ser ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro, ficará de fora da próxima lista de promoções, apesar de ser elegível pelo tempo de serviço. A decisão foi motivada pelo fato de Cid estar sem função e ser alvo de investigações em pelo menos oito inquéritos no Supremo Tribunal Federal (STF).


Apesar do veto à promoção, Mauro Cid manterá seu cargo e salário bruto atual, que é de R$ 27 mil. Sua remuneração só será suspensa caso ele seja condenado na Justiça. Cid faz parte da turma da Academia Militar das Agulhas Negras de 2000, que está próxima a ser promovida à patente de coronel.


Embora tenha um histórico de atuação notável dentro do Exército até se tornar ajudante de ordens de Bolsonaro, Cid está sem função desde setembro do ano passado. Além disso, ele está sob investigação em diversos casos, incluindo suspeitas de conspiração golpista e envolvimento em um esquema de falsificação de certificados de vacinação contra a Covid-19.


Recentemente, Cid foi indiciado pela Polícia Federal, juntamente com Bolsonaro e outras 15 pessoas, por crimes de associação criminosa e inserção de dados falsos em sistema de informação, relacionados a uma suposta fraude em certificados de vacinação contra a Covid-19.


De acordo com as regras vigentes do Exército, Cid poderia ser impedido de concorrer à promoção caso se tornasse réu na Justiça. No entanto, tanto o comando do Exército quanto o governo já previam o veto à sua promoção, argumentando que sua condição atual o impede de ser promovido, independentemente de um eventual indiciamento ou denúncia formal.


A temporada de promoções da Força anunciará a lista de oficiais escolhidos para subirem de posto em 30 de abril. Antes disso, a decisão final de negar a promoção de Mauro Cid será ratificada por Tomas Paiva. Embora apenas uma denúncia aceita pelo Judiciário possa torná-lo inelegível para promoção, o comando do Exército já se posicionou contra sua ascensão na carreira militar.

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