O “perigo” de conviver com quem apoia a censura, a perseguição, as ordens ilegais e os processos inconstitucionais

 
O “perigo” de conviver com quem apoia a censura, a perseguição, as ordens ilegais e os processos inconstitucionais


No momento em que reflexões sobre liberdade e democracia são cruciais, a economista Renata Barreto levanta um alerta contundente: o perigo de conviver com aqueles que apoiam a censura, a perseguição, as ordens ilegais e os processos inconstitucionais. Em sua análise perspicaz, Barreto nos lembra de um episódio sombrio da história recente, quando o muro de Berlim caiu e revelou a extensão do controle estatal sobre os cidadãos na Alemanha Oriental.


No rastro da queda do muro, os ativistas correram para a sede da Stasi, o temido Ministério da Segurança de Estado da Alemanha Oriental, na tentativa de evitar a destruição de documentos comprometedores. Quando esses documentos foram finalmente disponibilizados ao público, muitos foram confrontados com uma verdade assustadora: amigos, colegas de trabalho e até mesmo familiares atuavam como informantes, colaborando com o regime opressivo.


Esse relato histórico serve como um alerta vívido para o Brasil contemporâneo, onde uma parcela da sociedade parece inclinada a apoiar práticas autoritárias e antidemocráticas. A preocupação de Barreto é palpável ao imaginar a possibilidade de que pessoas próximas estejam dispostas a denunciar e trair em nome de interesses pessoais ou ideológicos.


A economista adverte que, assim como na Alemanha Oriental, onde a repressão era justificada em nome da democracia, aqueles que defendem a censura e a perseguição no Brasil também alegam agir em prol da ordem e da estabilidade. No entanto, essa mentalidade autoritária é diametralmente oposta aos valores fundamentais da democracia, que pressupõem a proteção dos direitos individuais e a pluralidade de ideias.


Barreto ressalta a importância do conhecimento histórico como antídoto para a repetição dos erros do passado. A ignorância sobre os horrores do autoritarismo pode levar a uma aceitação passiva de práticas que minam os alicerces da sociedade democrática. Portanto, é imperativo que os cidadãos estejam alertas e conscientes dos perigos representados por discursos e ações que buscam silenciar a divergência e concentrar o poder nas mãos de poucos.


O desabafo de Renata Barreto ressoa como um lamento pela deterioração dos valores democráticos no Brasil. Em um momento em que as instituições democráticas enfrentam desafios e ameaças crescentes, é crucial que cada indivíduo se posicione em defesa da liberdade, da justiça e do respeito aos direitos humanos. Afinal, como nos lembra a economista, o preço da complacência diante do autoritarismo pode ser demasiado alto.

Postagem Anterior Próxima Postagem