Deputada dos EUA chama Moraes de “operador totalitário”

Durante uma sessão da Comissão de Assuntos Exteriores do Congresso dos Estados Unidos nesta terça-feira (7), a deputada americana María Elvira Salazar, do Partido Republicano, causou polêmica ao criticar duramente o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), e o ex-presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva. As declarações inflamadas da congressista geraram debates acalorados sobre a situação política e jurídica do Brasil.


Em sua intervenção, Salazar não poupou palavras ao chamar Alexandre de Moraes de “operador totalitário”, destacando sua preocupação com o estado da democracia e do Estado de Direito no Brasil. Além disso, a deputada também fez menção ao ex-presidente Lula, referindo-se a ele como um “condenado por corrupção”. Suas declarações ecoaram fortemente tanto no cenário político brasileiro quanto internacional.


A congressista não parou por aí. Ela também classificou o ministro Moraes como um “tolo útil para os socialistas”, sugerindo que suas ações estariam cerceando a liberdade de expressão, um dos pilares fundamentais de uma democracia. Essas afirmações ganharam destaque nos principais veículos de mídia e geraram reações diversas dentro e fora do Brasil.


A sessão, intitulada “Brasil: a crise da democracia, liberdade, e do Estado de Direito?”, teve como objetivo discutir as recentes denúncias e controvérsias envolvendo o Judiciário brasileiro. Testemunhas como Michael Shellenberger, conhecido jornalista autor do Twitter Files, e Christopher Pavlovski, fundador do Rumble, plataforma que deixou o Brasil devido a discordâncias com decisões judiciais, trouxeram seus relatos e análises sobre a situação.


A presença de políticos brasileiros, incluindo deputados federais como Bia Kicis, Eduardo Bolsonaro, e senadores como Eduardo Girão, demonstrou o interesse e a preocupação do cenário político nacional com os desdobramentos dessa sessão internacional. Deltan Dallagnol, ex-deputado federal e figura chave na Operação Lava Jato, também marcou presença, acrescentando sua visão aos debates.


Em meio aos debates, o nome de Elon Musk, CEO da X, foi mencionado por Salazar como um exemplo de resistência contra as alegadas restrições à liberdade de expressão. A figura do empresário, conhecido por suas posturas controversas e atitudes disruptivas, trouxe um novo elemento à discussão, questionando o papel das grandes empresas de tecnologia diante de questões políticas e jurídicas.


As declarações de Salazar desencadearam uma onda de reações tanto no Brasil quanto nos Estados Unidos. Enquanto alguns apoiaram suas críticas ao STF e ao ex-presidente Lula, outros a acusaram de interferência em assuntos internos do Brasil e de desrespeito à soberania do país. A controvérsia gerada por suas declarações promete continuar alimentando debates acalorados nos próximos dias.


Em resposta às críticas, o ministro Alexandre de Moraes não se pronunciou publicamente até o momento, mas é esperado que suas declarações venham à tona nos próximos dias. Enquanto isso, a sessão do Congresso dos Estados Unidos sobre a situação brasileira serviu como um palco para expor as tensões e preocupações em relação ao futuro da democracia e do Estado de Direito no país.

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