Entenda caso da pesquisadora que acusa Daniela Lima e Janja

As recentes denúncias feitas pela ex-pesquisadora da USP, Michele Prado, contra a jornalista Daniela Lima e a primeira-dama Janja da Silva estão causando um rebuliço no cenário político, alcançando até mesmo os corredores da Câmara dos Deputados. O caso, que envolve acusações de demissão injusta, cyberbullying, suposta milícia digital e a intervenção do deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MF), está sob análise e promete trazer à tona discussões acaloradas sobre liberdade de expressão e ética no jornalismo.


Tudo teve início na última sexta-feira (10), quando Michele Prado, que atuava como pesquisadora no Monitor do Debate Político do Meio Digital da USP, decidiu corrigir declarações feitas pela apresentadora Daniela Lima, da Globo News. Lima havia mencionado que uma pesquisa realizada pelo grupo da USP indicava que 31% das publicações feitas entre 10h e 14h do dia 10 de maio, no X, com as palavras-chave "Rio Grande do Sul" e "Tragédia", eram antigoverno e desinformativas.


No entanto, Prado esclareceu que a informação estava incorreta. Segundo ela, o estudo apenas apontava que 31% das publicações sobre o Rio Grande do Sul eram críticas ao governo e às instituições, sem diferenciar entre aquelas que eram desinformativas, opinativas ou factuais. Ou seja, não houve análise sobre quantas dessas postagens foram verificadas por agências de checagem.


A partir dessa correção, Prado alega ter sido alvo de insultos via WhatsApp por parte de Daniela Lima. Ela relata ter sofrido assédio moral e acabou sendo demitida da USP, supostamente devido a esse motivo. Na universidade, Prado conduzia pesquisas sobre prevenção e combate aos extremismos políticos.


Além disso, a ex-pesquisadora afirmou estar enfrentando cyberbullying, ao qual denominou de "janjismo" e "movimento cultista". Ela acusa a primeira-dama Janja da Silva de criar uma "milícia digital" com o objetivo de manipular a opinião pública, em uma espécie de "gabinete do ódio".


O caso ganhou proporções alarmantes e chamou a atenção do deputado federal Nikolas Ferreira, que convidou Prado a prestar esclarecimentos sobre suas acusações. O parlamentar argumentou que é fundamental trazer luz sobre essas denúncias e esclarecer os fatos. Inicialmente, Michele recusou o convite, mas posteriormente decidiu aceitá-lo. Ela promete falar com base na verdade e se defender da campanha de cyberbullying que sofreu.


O requerimento para ouvir a ex-pesquisadora será votado na próxima quarta-feira (22) durante uma reunião da Câmara dos Deputados.


Esse caso promete gerar intensos debates sobre liberdade de expressão, ética jornalística e o papel das redes sociais na disseminação de informações. Fique ligado para mais atualizações sobre esse assunto em nossas redes sociais! Acompanhe-nos no Facebook, Instagram, WhatsApp, Telegram, YouTube, Twitter e não perca nenhuma novidade.

Postagem Anterior Próxima Postagem