Saiba o que é erisipela, infecção que acometeu Jair Bolsonaro

O ex-presidente Jair Bolsonaro, do Partido Liberal (PL), foi internado no último sábado (4) devido a um quadro de erisipela, uma infecção aguda de pele. Esta não é a primeira vez que o líder político enfrenta essa condição, que muitos desconhecem. Mas afinal, o que está por trás dessa doença?


A erisipela é causada por uma bactéria chamada estreptococos, que ataca a derme e a epiderme, ou seja, a pele e seus tecidos superficiais. Os sintomas mais comuns incluem febre, dor, inchaço, coceira, manchas vermelhas, bolhas, calafrios, ínguas e queimação na pele. A infecção penetra na pele através de diversas portas de entrada, como feridas, micose nas unhas, picadas de insetos, cortes cirúrgicos e alergias.


Apesar das dúvidas de muitos sobre a contagiosidade da doença, a Dra. Clívia Oliveira Carneiro, da Sociedade Brasileira de Dermatologia, esclarece que a erisipela não é contagiosa, pois requer uma lesão para que a bactéria entre. No entanto, ela reconhece casos raros em que o estreptococos pode passar de uma pessoa para outra, mas isso exige contato direto com a região infectada e imunossupressão.


O tratamento da erisipela envolve o uso de antibióticos e pode durar de sete a 14 dias. Em alguns casos, a limpeza da pele também é necessária para reduzir o inchaço. Porém, se não tratada adequadamente, a infecção pode evoluir para complicações graves, como ulcerações, abscessos e até trombose. Em casos de surtos repetidos, pode-se desenvolver um linfedema, um inchaço persistente que afeta principalmente as pernas e os tornozelos.


No grupo de risco estão pessoas com varizes, diabetes, obesidade ou aquelas que realizam tratamentos imunossupressores, como a quimioterapia. Para prevenir a erisipela, é importante manter as mãos e os pés secos, limpos e sem rachaduras, tratar as frieiras e lesões na perna, além de evitar ficar em pé por longos períodos.


A internação do ex-presidente Bolsonaro desperta preocupação e levanta questões sobre sua saúde, especialmente em um momento político conturbado. Aos 68 anos, Bolsonaro já enfrentou diversos problemas de saúde, incluindo um atentado a faca durante a campanha eleitoral de 2018, que o deixou gravemente ferido.


Desde então, sua saúde tem sido alvo de especulações e debates. Além da erisipela, Bolsonaro já foi submetido a cirurgias para corrigir hérnias e para remover uma bolsa de colostomia. Seu histórico de saúde levanta questões sobre sua capacidade de liderança e sua aptidão para exercer cargos públicos.


Enquanto isso, a população aguarda atualizações sobre o estado de saúde do ex-presidente e especula sobre os possíveis desdobramentos políticos dessa internação. Com o Brasil ainda enfrentando desafios significativos, tanto na saúde quanto na economia, a saúde dos líderes políticos continua sendo uma preocupação nacional.


Enquanto os médicos cuidam do ex-presidente, os brasileiros aguardam ansiosamente por notícias sobre sua recuperação e esperam que ele possa retornar em breve às suas atividades políticas. Enquanto isso, a erisipela serve como um lembrete da fragilidade da saúde humana e da importância de cuidar bem do corpo para evitar doenças graves.

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