Globo cinicamente mente sobre “notas da comunidade” e é desmentida por nota da comunidade (veja o vídeo)


A Rede Globo, mais uma vez, se envolveu em uma polêmica que expõe sua postura questionável diante de temas relevantes da atualidade. Durante uma transmissão recente, o jornalista Octávio Guedes fez uma afirmação que rapidamente se provou falsa. Guedes declarou que a ferramenta "Notas da Comunidade", disponibilizada pela rede social X (antigo Twitter), estaria acessível apenas para contas verificadas. A afirmação, feita com evidente confiança, acabou sendo amplamente desmentida pelos próprios usuários da plataforma, gerando uma enxurrada de críticas à emissora.

A ferramenta "Notas da Comunidade" é conhecida por seu papel em combater desinformação e promover o contexto em publicações na rede social. No entanto, a declaração de Guedes, que foi replicada pelo perfil oficial da GloboNews na plataforma, deu a entender que apenas usuários que pagam pela assinatura do X teriam o direito de participar, o que limitaria a contribuição de boa parte da base de usuários. A reação foi imediata, e a afirmação foi corrigida com rapidez, mas não pela Globo.

Os próprios usuários do X intervieram para esclarecer o assunto, utilizando a ferramenta em questão para desmentir a emissora. Em uma nota da comunidade anexada às postagens que continham as declarações falsas, foi explicado que “não é necessário ser assinante do X para escrever ou votar em notas da comunidade. Qualquer usuário com conta ativa e que atenda aos critérios básicos de participação pode contribuir com a ferramenta”. A correção deixou evidente o erro de Guedes e expôs a falta de apuração da Globo antes de disseminar tal informação.

Essa não é a primeira vez que a emissora enfrenta críticas por suas práticas jornalísticas. Com o avanço das redes sociais e o aumento da capacidade de usuários comuns verificarem e contestarem informações em tempo real, a Globo se encontra em uma posição cada vez mais vulnerável. A situação atual é mais uma na longa lista de momentos em que a emissora foi desmentida publicamente, o que tem gerado uma crescente desconfiança em relação à credibilidade de seus conteúdos.

O caso levantou debates sobre a responsabilidade de grandes veículos de comunicação ao divulgarem informações sem a devida checagem. O fato de a declaração de Guedes ter sido replicada pelo perfil oficial da GloboNews no X agravou ainda mais a situação, uma vez que os perfis institucionais costumam ser vistos como fontes confiáveis. Isso reforça a importância de jornalistas e empresas de comunicação serem ainda mais cautelosos em tempos em que a disseminação de desinformação pode ser rapidamente corrigida e amplificada pelas próprias ferramentas que buscam combater o problema.

A repercussão negativa foi intensa, especialmente entre aqueles que já se mostram críticos à emissora. Comentários nas redes sociais ironizavam o erro da Globo e destacavam a ironia de uma declaração falsa ter sido corrigida exatamente pela ferramenta que era objeto da discussão. Muitos usuários aproveitaram o momento para destacar o que consideram um padrão de comportamento da emissora, acusando-a de militância política e de manipulação da informação.

O episódio também reacendeu o debate sobre a polarização da mídia brasileira e o impacto disso na confiança do público. Para alguns, o erro da Globo reflete um problema mais amplo de veículos que, em sua tentativa de moldar narrativas, acabam perdendo a isenção e, por consequência, a credibilidade. Para outros, trata-se apenas de um deslize pontual que foi corrigido a tempo, ainda que o desmentido tenha vindo de fora da emissora.

Independentemente da perspectiva, o caso serve como um lembrete poderoso sobre o papel das redes sociais no atual cenário midiático. Ferramentas como as "Notas da Comunidade" tornam possível que o público participe ativamente da construção e da contestação de informações, promovendo maior transparência e responsabilidade. Ao mesmo tempo, isso coloca pressão sobre os grandes veículos, que precisam se adaptar a uma realidade em que não possuem mais o monopólio da informação.

A Globo, por sua vez, ainda não se pronunciou oficialmente sobre o erro, deixando o desmentido nas mãos dos usuários do X e da própria ferramenta que tentou criticar de forma imprecisa. A ausência de um pedido de desculpas ou de uma correção oficial apenas reforça a percepção de muitos de que a emissora evita reconhecer suas falhas publicamente. Isso levanta questões sobre como grandes instituições lidam com os desafios de um mundo onde a transparência e a agilidade são fundamentais.

No fim das contas, o episódio não foi apenas um momento de vergonha para a Globo, mas também um lembrete do poder que as novas tecnologias oferecem aos usuários comuns. Em um cenário onde a busca por informação confiável é mais importante do que nunca, erros como esse podem ter consequências duradouras para a reputação de qualquer veículo de comunicação, especialmente para aqueles que já enfrentam críticas constantes. Resta saber se a emissora aprenderá com esse episódio ou se continuará cometendo os mesmos erros que têm alimentado sua decadência aos olhos de muitos espectadores.

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