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 O economista destaca que muitos segmentos da sociedade brasileira, incluindo a direita, a classe média, as mulheres que votaram em Bolsonaro (52% dos eleitores femininos), os homens (52% dos eleitores masculinos) e até mesmo a própria esquerda, tiveram dificuldade em compreender a figura política de Bolsonaro.

Ele critica a falta de esforço da direita brasileira em eleger um governo ao longo dos anos, confiando no Partido Socialista Brasileiro (PSB) como uma opção. Kanitz ressalta que a esquerda também precisava de Bolsonaro, pois não poderia realizar os cortes de gastos, privatizações e limitações do aumento da dívida governamental sem sofrer prejuízos políticos.

O texto destaca como Bolsonaro foi o primeiro presidente a reconhecer que o Brasil estava tecnicamente falido, com a previdência insolvente e o Estado gastando excessivamente e de forma inadequada, evidenciado pelos 37 ministérios existentes. O autor lembra que Bolsonaro foi duramente criticado e odiado por todos os que seriam afetados pelas mudanças necessárias.

Kanitz também menciona que Bolsonaro enfrentou discordâncias, inclusive de conservadores e liberais, por não ser uma figura "perfeita" e imaculada. Ele destaca que a redução de gastos é uma tarefa árdua e desagradável, mas necessária para lidar com os desafios que o Brasil enfrenta.

O jornalista ressalta que Bolsonaro foi o primeiro presidente a reduzir a corrupção em 95%, cumprindo sua promessa eleitoral. No entanto, os críticos focaram em alegações menores, como as questões relacionadas às "rachadinhas", enquanto ignoraram os bilhões do Porto em Cuba e dezenas de outros casos de corrupção.

Kanitz reconhece as falhas e as gafes de Bolsonaro, mas destaca que poucos defenderam o ex-presidente e o contextualizaram de forma justa. Ele ressalta que a perfeição é rara na política e lamenta a falta de apoio às medidas de redução de despesas e austeridade fiscal propostas por Bolsonaro.

O autor conclui que será difícil encontrar outro presidente comprometido com a redução de despesas e austeridade fiscal no Brasil. Bolsonaro foi uma figura única, com todas as suas falhas e acertos, em um momento único da história política brasileira. O Brasil do progresso sentirá sua falta.

O artigo de Kanitz provoca uma reflexão sobre a compreensão superficial e polarizada da política brasileira, levantando questões relevantes sobre o futuro do país e as consequências de nossas escolhas.