O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, enfatizou a importância dessa medida ao destacar que a assinatura do decreto não apenas autoriza a compra de energia da Venezuela

 mas também inicia um processo de interligação energética na América do Sul. Ele ressaltou que essa ação permitirá a celebração de contratos para a importação de energia limpa e renovável da usina de Guri, na Venezuela, desempenhando um papel fundamental para garantir energia barata e sustentável ao estado de Roraima.

Essa iniciativa de Lula também vem ao encontro de um acordo discutido durante a visita do presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, a Brasília no mês de junho. Na ocasião, ambos os líderes concordaram em retomar a relação energética que havia sido cortada em 2019, durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro.

Antes do corte, a maior parte da energia consumida no estado de Roraima era proveniente da Venezuela. No entanto, em 2019, Maduro suspendeu o fornecimento de energia devido a uma crise energética no país e a desentendimentos com o governo de Bolsonaro. Desde então, Roraima enfrentou desafios relacionados à escassez de energia, dependendo de usinas termelétricas que funcionam com óleo diesel, gás natural, biomassa e uma pequena central hidrelétrica.

O governo federal espera que a retomada das importações energéticas e a subsequente inauguração do linhão de transmissão, que substituirá o sistema isolado de geração, resultem em uma redução nos custos da Conta de Consumo de Combustíveis. Isso, por sua vez, deverá impactar positivamente nas contas de luz dos brasileiros, aliviando o fardo dos custos energéticos.

O decreto assinado por Lula representa um passo significativo na busca por maior integração energética regional e na diversificação das fontes de energia do Brasil. Ao retomar o intercâmbio com a Venezuela, o país caminha em direção a uma matriz energética mais sustentável e econômica, enquanto busca fortalecer suas relações diplomáticas e econômicas com os países vizinhos.