'Efeito Palocci'? Pesquisa eleitoral que mostra ex-presidiário em primeiro custou "até dez vezes mais" (veja o vídeo)


Em entrevista à jornalista Liliane Ventura, o pré-candidato à deputado federal, Márcio Furtado (PL-ES), levantou uma importante questão que gera ainda mais dúvidas e coloca ‘em cheque’, a pesquisa realizada pelo Datafolha, divulgada nesta quinta-feira (26), na qual o ex-presidiário do PT aparece em primeiro lugar com 48% das intenções de votos e Bolsonaro, em segundo, com 27%.

O valor pago pelo levantamento, até dez vezes mais alto do que o cobrado pelos demais institutos:

A pesquisa do Datafolha custou 420 mil reais. A pesquisa da XP é 40 mil reais, a da Quaest é cerca de 150 mil reais. Essa do Datafolha, mais de 400 mil reais pra fazer uma entrevista? Ela falou com 2 mil e 500 pessoas.

O que me leva a crer, quando faço uma junção, em uma das delações do Palocci, que ele falou em alto e bom som que ‘o PT pagava propinas para darem o resultado que a gente queria’.

Se você tem um produto que custa 40 mil e outro que custa 400 mil, que é o mesmo produto, com a mesma metodologia, me leva a crer que esse dinheiro é fácil, de alguma forma. Está saindo do bolso de 215 milhões de brasileiros que anos atrás deixaram de ter acesso a esse dinheiro por causa dos desvios e da corrupção e hoje está sendo usado para as pesquisas.

A pesquisa que coloca o Lula com 48% custar dez vezes mais do que a pesquisa tradicional, tem muita evidência de que tem muita coisa errada no meio do caminho

Márcio Furtado se refere à delação premiada do ex-ministro de Lula, Antonio Palocci, à Polícia Federal, em 2019.

Segundo ele, a empreiteira Andrade Gutierrez bancou pesquisas eleitorais para o PT em 2010, quando Lula decidiu que Dilma Rousseff disputaria as eleições para sucedê-lo no Palácio do Planalto.

Palocci, que foi o coordenador de campanha de Dilma, afirmou que o esquema se estendeu até 2012 e fraudava o resultado das pesquisas realizadas pelo instituto Vox Populi.

"As pesquisas que não eram favoráveis ao PT eram mantidas sigilosas, ao passo que pesquisas favoráveis eram amplamente divulgadas ao público", disse o ex-ministro à PF.

O esquema também foi confirmado pelo ex-presidente da empreiteira, Otávio Azevedo, também em delação, que revelou o pagamento de R$ 11 milhões ao instituto.

Tanto Lula quanto Dilma, claro, negam!

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