Delegado pediu para investigar Guedes e Aras; Barroso negou


O delegado Bruno Calandrini, que pediu a prisão da cúpula da Polícia Federal por suposta interferência na investigação relacionada ao ex-ministro Milton Ribeiro e ao Ministério da Educação, também requereu ao Supremo Tribunal Federal (ST) a realização de busca e apreensão em endereços do ministro da Economia, Paulo Guedes, e do procurador-geral da República, Augusto Aras. A informação é do colunista Rodrigo Rangel, do Metrópoles.

Segundo a reportagem, Calandrini fez o pedido nos autos de um procedimento que tem como alvo o senador Renan Calheiros (MDB). A petição, entretanto, foi rejeitada pelo relator do caso, ministro Luís Roberto Barroso.

A tentativa de busca do delegado teria sido motivada por mensagens de WhatsApp publicadas de forma acidental pelo procurador-geral Augusto Aras. As conversas mostram uma tentativa do advogado de Paulo Guedes, Ticiano Figueiredo, de marcar uma reunião com o chefe da Procuradoria-Geral da República.

Figueiredo queria que Guedes fosse dispensado de um depoimento para o qual havia sido intimado, no curso da investigação sobre Renan Calheiros.

– Seria possível receber o advogado do Paulo Guedes, o dr. Ticiano Figueiredo, por cinco minutos? Assunto: possível dispensa de Paulo Guedes, junto à PF, em processo investigativo contra Renan Calheiros, onde Guedes não é parte – dizia a primeira mensagem, que Aras publicou sem querer em seu status no WhatsApp.

Em uma outra mensagem, na sequência, havia a resposta: “Sim. Falaremos por celular e ajustaremos”.

O delegado pediu para fazer buscas nos endereços de Guedes, Aras e também do advogado Ticiano Figueiredo. O ministro Barroso negou por considerar que o pedido não estava suficientemente fundamentado. Calandrini é o mesmo delegado que pediu a prisão da cúpula da Polícia Federal em razão da suspeita de interferência na investigação que levou à cadeia o ex-ministro da Educação Milton Ribeiro.

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