Após negar apuração paralela das urnas aos militares, Moraes afirma que não precisa se encontrar com Ministro da Defesa


O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) e também presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes, cancelou a reunião que tinha com o Ministro da Defesa, o general Paulo Sérgio Nogueira, depois da polêmica em torno da contagem paralela das urnas eletrônicas neste pleito.

A Folha de S.Paulo publicou uma matéria afirmando que a corte eleitoral e a Defesa havia chegado a um acordo para que os militares contassem os votos em, ao menos, 385 urnas como se fosse um teste para a segurança das eleições. O assunto foi, automaticamente, replicado por vários veículos de comunicação e o TSE soltou uma nota oficial desmentindo o pacto.

Para evitar ser confrontado e não comentar mais sobre projetos pilotos de auditagem das urnas, Moraes também decidiu que não vai mais se encontrar com o ministros porque, segundo ele, por ora, "não há necessidade".

Há anos, o presidente Jair Bolsonaro (PL), que tenta a reeleição, e a base aliada dele defendem uma maior auditagem na contagem dos votos. Segundo relatório do PSDB, de 2015, é impossível auditar o sistema eleitoral brasileiro. 

Bolsonaro já até divulgou relatório da Polícia Federal de 2018 afirmando um hacker invadiu o sistema do TSE tendo ficado 8 meses dentro do software. Não foi descoberto. Ele mesmo denunciou ao departamento de cibernética que tinha cinco senhas de ministros da corte.

O TSE evita falar sobre o assunto e o STF abriu inquérito contra o presidente, alegando que a divulgação da investigação era sigilosa. O que a PF desmentiu meses depois.

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