General de Exército na ativa deixa claro que para “dizer não” diante da pressão foi preciso muita coragem

O general Richard, que comandou a Comunicação Social do Exército e hoje é o Comandante Militar do Nordeste, em texto por ele batizado de O Mundo PSIC e a Ética Militar, fez uma crítica pesada contra os militares que “têm contribuído para disseminar a desinformação, a relativização de valores e, consequentemente, a desunião que enfraquece o espírito de corpo”. Ele questiona sobre “a que interesses servem tais pessoas”

O oficial general, que criticou a disseminação precipitada de “análises simplórias de “especialistas” de ocasião” diz ainda que um “militar que se preza não se permite essa falta de cuidado e de lealdade para com a instituição a que serve.”
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Richard criticou o “comportamento de muitos civis e militares”, mas não tocou em questões importantes envolvendo as instituições, como a demora do Exército em deixar bem claro para a sociedade civil que não havia possibilidade de aderir a qualquer ação para cancelar as eleições ou para manter Bolsonaro no poder, o que permitiu que a chama da intervenção militar se mantivesse acesa. Não falou também sobre as ações e declarações do comando do Exército e Ministério da Defesa sobre as Urnas eletrônicas, feitas no final de 2022, quando em textos considerados dúbios, as autoridades acabaram dando abertura para interpretações diversas, algumas delas apontando para o apoio das instituições aos atos ocorridos em todo o país na frente de quartéis.
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