Para Lula, a briga com o Banco Central é moeda política contra Bolsonaro


A meta de melhorar a percepção popular sobre a economia colocou a política de juros do Banco Central em rota de colisão com as estratégias do presidente Lula em promover resultados imediatos na sua política econômica.

Criticar a manutenção da taxa de juros alta é uma tentativa de apontar o comando da instituição como inimigo comum da população mais vulnerável e do empresariado, no que o governo tem chamado de “herança maldita” do governo anterior, diminuindo a pressão por entregas de curto prazo.

Setores do governo e dirigentes do partido do presidente, sob influência da ala mais desenvolvimentista, têm estimulado Lula a assumir publicamente, e de maneira permanente, a posição contrária à independência do Banco Central. A primeira estratégia era de que as críticas partissem de representantes do Partido dos Trabalhadores, como tem feito a presidente da legenda, Gleisi Hoffmann, porém, o acirramento dos debates acelerou a participação direta do presidente Lula na disputa com Roberto Campos Neto, diretor-presidente do Banco Central.

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