Em depoimento à PF, ex-GSI menciona falha de energia no dia 8 de janeiro


O ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), general Gonçalves Dias, prestou depoimento à Polícia Federal nesta sexta-feira (21) e afirmou que não foi informado sobre as ações radicais que ocorreram em Brasília no fim de semana do dia 8 de janeiro. Segundo ele, houve um apagamento geral do sistema de inteligência.

Conforme declarações foram feitas durante o depoimento à PF, onde o ex-ministro ainda recusou a omissão e afirmou que estava retirando extremistas de um setor do Palácio do Planalto e não efetuosas prisões, porque estava fazendo “gerenciamento de crise”.

O jornal O Globo divulgou que a PF registrou que “indagado porque, no 3° e 4° pisos, [Gonçalves Dias] prendeu as pessoas e não efetuou a prisão, respondeu que estava fazendo um gerenciamento de crise e essas pessoas seriam presas pelos agentes de segurança no 2° piso tão logo descessem, pois esse era o protocolo”.

Gonçalves Dias explicou que, sozinho, não teria conseguido prender os extremistas e que seguia o protocolo de ação da segurança presidencial, que previu que as prisões deveriam ser realizadas por agentes no 2º piso do Palácio do Planalto.

O depoimento do ex-ministro durou cerca de cinco horas e as informações divulgadas pela imprensa nacional. Gonçalves Dias pediu a demissão da carga na última quarta-feira (19), após imagens dele no Planalto no dia da invasão serem divulgadas pela CNN Brasil.

Como mostram as imagens o ex-ministro indicando uma porta aos manifestantes e isso gerou críticas e questionamentos sobre a atuação do GSI no episódio do dia 8 de janeiro. A operação era para retirada de um acampamento em frente ao Quartel-General do Exército em Brasília.

O portal de notícias Política Online Brasil destacou as declarações do ex-ministro do GSI, que afirmou que não foi informado sobre as ações radicais que ocorreriam em Brasília no fim de semana do dia 8 de janeiro e que o sistema de inteligência sofreu um apagamento geral .

O episódio do dia 8 de janeiro gerou uma crise política e institucional, com críticas e questionamentos sobre a atuação do GSI na retirada do acampamento em Brasília e sobre a segurança presidencial. Ao pensar sobre o caso ainda está em curso e o PF deve ouvir outros envolvidos nos próximos dias.

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