Renan acusa Lira de receber informações privilegiadas da PF


Polícia Federal investiga supostas interferências políticas na superintendência de Alagoas durante as eleições

A Polícia Federal está conduzindo uma investigação sobre possíveis interferências políticas na superintendência de Alagoas e vazamentos de informações para líderes políticos regionais durante as eleições. O senador Renan Calheiros (MDB-AL) acusa o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), de aparelhamento e interferência política no órgão.

O caso foi encaminhado para a coordenação-geral de assuntos internos da Corregedoria da PF, em Brasília, onde está sendo conduzido um inquérito aberto no final do ano passado. O senador foi chamado para prestar depoimento no final de março, na condição de testemunha.

Renan Calheiros alegou, em depoimento, que Arthur Lira anunciou publicamente a nomeação da superintendente da Polícia Federal em Alagoas, Juliana de Sá Pereira Gonçalves, em junho de 2022, afirmando que ela conduziria uma investigação relacionada à Assembleia Legislativa. Segundo Renan, a delegada permitiu que informações sobre uma operação contra o prefeito de Rio Largo, Gilberto Gonçalves (PP), aliado de Arthur Lira, fossem vazadas para o presidente da Câmara antes da ação da PF.

Em resposta às acusações, o grupo de Arthur Lira também afirma que Renan Calheiros interferiu na Polícia Federal. Durante o período eleitoral de 2022, houve disputas públicas entre Renan Calheiros e Arthur Lira em relação à atuação da polícia. Enquanto Renan alegava vazamentos e perseguição, o deputado afirmava que o rival buscava apenas abafar investigações.

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