Cid movimentou R$ 3,2 mi em 7 meses; operação é incompatível com patrimônio, diz Coaf

Relatório do Coaf Aponta Movimentação "Atípica" nas Contas do Tenente-Coronel Mauro Cid

Em um relatório divulgado pelo Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), uma movimentação financeira "atípica" e "incompatível" chamou a atenção nas contas bancárias do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro. De acordo com as informações publicadas pelo jornal O Globo e confirmadas pelo Metrópoles, Cid teria movimentado R$ 3,2 milhões em um período de sete meses, entre 26 de junho de 2022 e 25 de janeiro de 2023.

O relatório do Coaf aponta que o militar realizou operações com débitos que somaram R$ 1,4 milhão e créditos de R$ 1,8 milhão durante esse período. Essas movimentações financeiras são consideradas incompatíveis com a remuneração mensal do tenente-coronel, que era de apenas R$ 26.239. Esse fato levantou suspeitas e motivou investigações sobre a origem e a finalidade desses recursos.

Além disso, o relatório também destacou o envio de remessas no valor de R$ 367.374, em 12 de janeiro de 2023, para os Estados Unidos. Coincidentemente, nessa mesma data, Mauro Cid e Jair Bolsonaro se encontraram na América do Norte. Esse encontro despertou ainda mais a atenção das autoridades e aumentou as suspeitas de possíveis irregularidades.

O Coaf considerou que há indícios de "movimentação de recursos incompatível com o patrimônio, a atividade econômica ou a ocupação profissional e capacidade financeira do cliente". Diante disso, o relatório ressalta a possibilidade de constituir-se indícios do crime de lavagem de dinheiro ou de ações relacionadas a ele.

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