Mauro Cid não responde nem a idade que possui e deixa parlamentares encolerizados


Tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, compareceu hoje à CPI dos Atos Antidemocráticos para prestar depoimento. No entanto, por orientação de seu advogado e amparado por um Habeas Corpus concedido pelo Supremo Tribunal Federal (STF), ele optou por não responder a nenhuma das perguntas feitas pelos parlamentares. A recusa em responder até mesmo perguntas simples, como sua idade, despertou a impaciência dos parlamentares, alguns dos quais ameaçam denunciá-lo por desobedecer a uma ordem do STF.

Diante da postura de Mauro Cid, o presidente da comissão, senador Arthur Maia, expressou sua insatisfação e afirmou que convocará o advogado do militar para alertá-lo sobre as consequências de desobedecer uma ordem do STF. Segundo Maia, o tenente-coronel deveria responder a todas as perguntas que não o incriminassem.

A presença de Mauro Cid na CPI dos Atos Antidemocráticos era aguardada com grande expectativa, pois ele ocupava uma posição próxima ao presidente Bolsonaro e teria informações relevantes sobre os eventos investigados pela comissão. No entanto, sua decisão de se manter em silêncio frustrou os parlamentares e dificultou o avanço das investigações.

A concessão de um Habeas Corpus pelo STF permitindo que Mauro Cid se recuse a responder a perguntas que possam incriminá-lo é um direito previsto na Constituição. No entanto, a atitude do militar tem gerado polêmica e questionamentos sobre os limites desse direito em um contexto de investigação parlamentar.

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