MST quer vagas de Medicina “sem vestibular” para assentados

A Universidade Federal de Pelotas (UFPel), localizada no Rio Grande do Sul, anunciou que nos próximos meses pretende criar uma turma exclusiva no curso de Medicina destinada apenas a assentados da reforma agrária. Essa iniciativa é uma resposta a uma antiga demanda do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) e busca promover maior inclusão e igualdade de oportunidades no ensino superior.

A criação dessa turma especial é resultado de discussões entre a UFPel, o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) e o próprio MST. Essa destinação de vagas em cursos superiores para assentados em áreas de reforma agrária é viabilizada pelo Programa Nacional de Educação na Reforma Agrária (Pronera), um programa federal criado durante o segundo mandato do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva em 2009.

O Pronera não estabelece regras específicas para os processos seletivos desses estudantes, deixando essa responsabilidade a cargo das instituições de ensino. No entanto, um edital recente da UFPel para o curso de Medicina Veterinária evidencia um processo seletivo diferenciado para esses alunos, que não inclui a aplicação do tradicional vestibular.

Nesse edital, publicado no final do ano passado, foram definidas duas fases de seleção. A primeira consiste em uma prova de redação, enquanto a segunda é chamada de "período pedagógico avaliativo". Nessa etapa, os candidatos passam por um período de 19 dias consecutivos de estudos, avaliações e vivências em um instituto de educação situado em um assentamento do MST em Viamão, no Rio Grande do Sul.

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