Wassef, advogado de Bolsonaro, quebra o silêncio sobre joias

Advogado Frederick Wassef Refuta Acusações de Envolvimento em Esquema de Presentes de Alto Valor

Em um desdobramento surpreendente, o renomado advogado de defesa criminal Frederick Wassef, que ganhou destaque nacional por sua representação da família Bolsonaro, agora se encontra no centro da controvérsia. Na sexta-feira, 11 de agosto, Wassef tornou-se um dos principais alvos da *Operação Lucas 12:2* conduzida pela Polícia Federal brasileira. A operação teve como objetivo desvendar um suposto esquema envolvendo a venda de joias e presentes de alto valor recebidos durante agendas oficiais.

Em resposta às acusações, Wassef emitiu um comunicado afirmando ser vítima de uma extensa campanha de "fake news e mentiras de todos os tipos". De acordo com a Polícia Federal, Wassef estaria supostamente ligado ao caso por meio de suas ações relacionadas a um relógio Rolex. Alega-se que o relógio tenha características idênticas ao Rolex presenteado ao ex-presidente Jair Bolsonaro durante uma visita oficial aos Emirados Árabes. Este Rolex, segundo relatos, foi posteriormente vendido por Mauro Cid, levantando questionamentos sobre a procedência dos itens em questão.

A afirmação da polícia tem como base a crença de que Wassef teria recomprado o relógio Rolex para entregá-lo ao Tribunal de Contas da União (TCU). A ação tinha o objetivo de esclarecer a procedência do relógio em questão. De acordo com o mandado de busca e apreensão emitido para a operação de 11 de agosto, Wassef recuperou o Rolex em 14 de março da Precision Watches, uma empresa detentora do item. Ele então retornou ao Brasil com o Rolex em 29 de março.

Um momento crucial na linha do tempo é marcado por um suposto encontro entre Wassef e Mauro Cid em 2 de abril de 2023, em São Paulo. Supostamente, durante essa reunião, a posse do Rolex foi transferida para Mauro Cid. Após a transferência, Cid teria levado o Rolex de volta a Brasília e entregado a Osmar Crivelatti, assessor do ex-presidente Jair Bolsonaro.

No entanto, Wassef afirma que tomou conhecimento do suposto esquema de venda de joias através de reportagens da mídia e estava completamente inconsciente de quaisquer atividades ilícitas. Em um comunicado divulgado no domingo, 13 de agosto, ele declarou: "Nunca vendi, ofereci ou possuí qualquer joia. Nunca estive envolvido diretamente ou indiretamente em quaisquer negociações ou vendas." Ele ainda enfatizou sua falta de participação em quaisquer supostas transações e refutou qualquer conexão com as supostas vendas.

A *Operação Lucas 12:2* da Polícia Federal brasileira resultou na execução de operações de busca e apreensão em quatro locais abrangendo São Paulo, Brasília e Niterói, incluindo a residência de Wassef. Ele respondeu à operação, afirmando que nenhum item irregular ou ilegal foi descoberto durante a busca. Ele também lamentou o impacto da cobertura da mídia, que, segundo ele, incluiu acusações falsas e calúnias.

O nome da operação, *Lucas 12:2*, é derivado de um versículo bíblico que diz: "Não há nada escondido que não venha a ser revelado, nem oculto que não venha a ser conhecido."

Conforme a investigação continua, Frederick Wassef mantém sua inocência e promete contestar o que ele percebe como uma enxurrada de desinformação e falsidades. Os detalhes em evolução desse caso provavelmente terão implicações de longo alcance não apenas para o advogado em si, mas também para o cenário político no Brasil, à medida que ele explora alegações envolvendo figuras proeminentes dentro do círculo de Bolsonaro.

Postagem Anterior Próxima Postagem