Mercado financeiro não confia em Lula e Haddad, diz pesquisa

A proporção do mercado financeiro que avalia positivamente o governo Lula caiu de 20% para 12% entre julho e setembro deste ano, representando uma redução de 8 pontos percentuais. Paralelamente, a avaliação negativa cresceu de 44% para 47%, enquanto a avaliação regular avançou de 36% para 41%.


A pesquisa ouviu 87 profissionais de fundos de investimento em São Paulo e no Rio de Janeiro, revelando uma tendência negativa em relação ao governo e à gestão econômica.


O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, também experimentou uma queda acentuada em sua avaliação positiva. Após um aumento de quase 40 pontos percentuais entre maio e julho, a avaliação positiva sobre o ministro caiu quase 20 pontos, de 65% para 46%. Ao mesmo tempo, a avaliação negativa sobre Haddad cresceu de 11% para 23%, e a avaliação regular subiu de 24% para 31%.


A pesquisa também revela uma preocupação crescente em relação à direção da política econômica, com 72% dos agentes de mercado acreditando que ela está na direção errada, um aumento de 19 pontos percentuais desde julho. Aqueles que acreditam que está na direção certa caíram de 47% para 28%. Essas percepções afetaram as expectativas econômicas, com menos pessoas esperando melhora nos próximos 12 meses (36%) e mais prevendo piora (34%).


A falta de uma política fiscal eficiente foi apontada por 57% como o principal obstáculo para a melhoria da economia, enquanto outros fatores mencionados incluem interesses eleitorais, baixa escolaridade e produtividade da população, e alta taxa de juros.


Além disso, a pesquisa indicou que a confiança no ministro Haddad e no presidente Lula diminuiu, com uma proporção maior de agentes de mercado expressando falta de confiança.


Esses resultados sugerem um cenário desafiador para o governo atual, com uma perda significativa de confiança do mercado financeiro em sua capacidade de promover a recuperação econômica.

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