“Trouxe mil chaveiros do Lula, vendi 20”, diz ambulante no 7/9


Título: Ambulantes enfrentam desafios inesperados no 7 de Setembro em Brasília

Ambulantes que ansiavam por um 7 de Setembro movimentado, relembrando os anos de agitação durante o governo do ex-presidente Jair Messias Bolsonaro (PL), no Distrito Federal, encontraram uma realidade desafiadora este ano. O público esperado não compareceu em massa, deixando muitos deles desapontados.

Taís Neres, que viajou 50 quilômetros de Águas Lindas (GO) para Brasília, estava ansiosa para vender mil chaveiros com o rosto do presidente Lula (PT) durante as comemorações do Dia da Independência. No entanto, seu otimismo foi frustrado quando as vendas não corresponderam às expectativas.

"Viemos para vender água e chaveiros com o rosto do Lula e o desenho de Brasília. Quase não vendemos. Acho que vendemos uns 20 só. Trouxemos mil", disse Taís, visivelmente desapontada ao jornal O Tempo.

Surpreendentemente, Taís revelou que a maior demanda foi pelo chaveiro com o rosto do ex-presidente Jair Bolsonaro. "A procura maior foi pelo do Bolsonaro. Muita gente preferindo do Bolsonaro e não do Lula, mas a gente infelizmente não fez. Fizemos só do Lula. Em um próximo evento, é trazer o do Bolsonaro, aí vende", acrescentou.

Outro ambulante, Gabriel Henrique, viajou de Novo Gama (GO) para a capital do país, percorrendo cerca de 40 quilômetros, com a esperança de lucrar com a venda de camisas e bonés com a foto do presidente Lula. No entanto, sua empreitada também não atingiu as expectativas.

"Não foi o que eu esperava, mas deu para tirar o dia. Eu acho que vendi de dez a 12 camisetas. Eu queria vender pelo menos umas 20. E deu para estourar só no final, depois que acabou, porque eu não estava vendendo nada", compartilhou Gabriel.

Ele observou que algumas pessoas que ele abordou para oferecer produtos com a imagem de Lula estavam desinteressadas, mas compareceram à celebração do 7 de Setembro por outros motivos. Isso reflete um curioso contraste na preferência dos produtos entre os participantes do evento.

O evento deste ano marcou uma mudança nas preferências do público, deixando os ambulantes com mercadorias relacionadas a Lula em desvantagem. Embora a agitação política tenha sido um fator importante nas edições anteriores do 7 de Setembro, o interesse pelo ex-presidente Bolsonaro parece persistir, mesmo com a mudança de liderança no país.

O que o futuro reserva para os ambulantes em eventos como o 7 de Setembro permanece incerto. Eles podem optar por diversificar seus produtos para atender a um público variado ou aguardar os próximos acontecimentos políticos que possam influenciar as preferências dos consumidores. Independentemente do caminho escolhido, esses empreendedores ambulantes demonstram resiliência diante das incertezas do mercado e da política brasileira.

Postagem Anterior Próxima Postagem