Boulos teria sido aconselhado a dissociar sua imagem do Hamas


 Em um movimento político surpreendente, membros proeminentes do Partido Socialismo e Liberdade (PSOL) teriam aconselhado o pré-candidato à Prefeitura de São Paulo, Guilherme Boulos (PSOL-SP), a dissociar sua imagem do grupo palestino Hamas. A preocupação dentro do partido é que a associação com o grupo, considerado terrorista por vários países, possa prejudicar as chances de Boulos na corrida pela prefeitura.


As preocupações surgiram após imagens de Boulos ao lado de membros do PSOL durante uma visita à Cisjordânia no início do mês se tornarem virais. Essas imagens provocaram acusações de que Boulos estaria alinhado com o Hamas, um grupo conhecido por suas atividades violentas e ataques contra civis. Além disso, a saída do coordenador do programa de saúde da pré-campanha de Boulos, Jean Gorinchteyn, que é judeu, gerou controvérsia. Gorinchteyn criticou Boulos por não condenar explicitamente o Hamas no início dos ataques na região.


Esses eventos levaram Guilherme Boulos a adotar um tom mais incisivo em relação ao grupo palestino. Em um comunicado, ele afirmou: "Diante da situação trágica que estamos acompanhando no Oriente Médio, eu queria aqui me solidarizar com todos os familiares das vítimas dos ataques propagados pelo Hamas. Nada justifica o assassinato de civis inocentes. É importante lembrar que o Hamas não representa o conjunto do povo palestino."


Apesar dos esforços de Boulos para esclarecer sua posição, seu principal adversário nas eleições para a prefeitura de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), tem explorado essa situação em sua campanha. Em uma entrevista recente à rádio Eldorado, Nunes descreveu Boulos como "amigo da turma do Hamas" e questionou o histórico do candidato.


"O histórico da cidade demonstra que o eleitor quer saber como está a cidade dele, se vai ter um prefeito que é amigo da turma do Hamas, se vai ter um prefeito que é adepto de invasão, de não atender à legislação", declarou Nunes.


Essa polêmica em torno da associação de Boulos com o Hamas tornou-se um tema central nas discussões políticas em São Paulo. Boulos e sua equipe tentam agora equilibrar a necessidade de esclarecer sua posição em relação ao grupo palestino com a preocupação de perder o apoio de eleitores que questionam sua ligação com uma organização considerada terrorista por grande parte da comunidade internacional.


À medida que a corrida pela prefeitura de São Paulo se intensifica, a postura de Boulos em relação ao Hamas se torna um desafio crucial em sua busca pela vitória eleitoral.

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