Tapa dado por petista é grave, diz presidente do Conselho de Ética


Agressão no Congresso: Deputado Quaquá, do PT-RJ, desfere tapa em colega durante chegada de Lula


No tumultuado cenário político do Congresso Nacional, uma cena lamentável marcou a chegada do presidente Luiz Inácio Lula da Silva na última quarta-feira (20). O deputado Washington Quaquá, do PT-RJ, envolveu-se em uma polêmica agressão, desferindo um tapa no colega Messias Donato, do Republicanos-ES.


O presidente do Conselho de Ética da Câmara, Leur Lomanto Júnior, classificou o incidente como "grave" em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo. Até o momento, nenhuma representação formal sobre o episódio chegou ao Conselho, segundo afirmou o deputado federal baiano.


A situação ocorreu durante os protestos da oposição contra o presidente Lula. Enquanto a deputada Silvia Waiãpi, do PL-AP, registrava a chegada do petista, os parlamentares da oposição entoavam palavras de ordem. Quaquá, aproximando-se do grupo, ameaçou levá-los ao Conselho de Ética e proferiu ofensas direcionadas ao deputado Nikolas Ferreira, do PL-MG.


O ápice da contenda foi o tapa dado por Quaquá em Donato, que alegou ter ocorrido após o colega tentar pegar seu celular. A filmagem do episódio, que certamente será peça-chave na investigação, revela a tensão e o clima hostil que envolviam os parlamentares.


O presidente Jair Bolsonaro condenou veementemente a atitude de Quaquá, classificando-a como "lamentável". Em meio ao cenário de polarização política, o deputado Van Hattem, preocupado com a escalada da violência, cobrou a cassação de Quaquá, alertando que a ausência de punição abriria espaço para mais agressões mútuas.


Enquanto o Conselho de Ética aguarda uma possível representação formal de Messias Donato, o agredido, Quaquá justificou sua atitude alegando ter sido empurrado e que seu braço foi segurado para evitar a filmagem. Em nota, ele declarou: "Nunca utilizo a violência como método, mas não tolero agressões verbais ou físicas da ultra direita e sempre reagirei para me defender. Bateu, levou."


O caso promete acirrar ainda mais os ânimos no Congresso, com os holofotes voltados para a postura dos representantes políticos em meio às divergências ideológicas. A repercussão nacional do incidente traz à tona a necessidade de um debate aprofundado sobre a polarização e a escalada da hostilidade no ambiente político brasileiro.

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