General Heleno pode estar na mira da PF; Operação gera temores entre aliados do “Núcleo Duro”, diz jornalista


Operação Vigilância Aproximada Desvenda Possível Espionagem na Abin


Na manhã desta quinta-feira, 25 de janeiro, a Polícia Federal deflagrou a Operação Vigilância Aproximada, visando desmantelar uma suposta organização criminosa infiltrada na Agência Brasileira de Inteligência (Abin). A operação resultou na execução de 21 mandados de busca e apreensão, além de medidas cautelares diversas da prisão. O foco da investigação é a suspeita de monitoramento ilegal de autoridades públicas e outras figuras.


Entre os alvos da operação está o deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ), ex-diretor da Abin durante o governo de Jair Bolsonaro. A ação da PF é uma continuação das investigações iniciadas pela Operação Última Milha, desencadeada em outubro do ano passado.


A Operação Vigilância Aproximada levanta questionamentos sobre a possível conexão entre Ramagem e o general Heleno, que comandou o Gabinete de Segurança Institucional (GSI) durante o mandato do ex-presidente Bolsonaro. A jornalista Andréia Sadi destaca a preocupação dos aliados de Bolsonaro, chamados por ela de "núcleo duro", sobre o desdobramento da investigação até o general Heleno. Vale ressaltar que a Abin, dirigida por Ramagem, estava subordinada ao GSI, comandado por Heleno.


Enquanto a operação ainda está em andamento, não há informações confirmadas sobre a possível participação do general Heleno nas investigações. A incerteza em torno desse desdobramento mantém a atenção da opinião pública, da mídia e dos círculos políticos.


Em meio à repercussão, o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, expressou sua posição nas redes sociais, alegando que a ação da PF contra Alexandre Ramagem seria uma perseguição política relacionada ao ex-presidente Bolsonaro. Costa Neto criticou a entrada nos gabinetes, apontando como uma falta de autoridade do Congresso Nacional. Ele instou o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, a reagir e tomar providências, classificando a operação como uma possível estratégia para favorecer a eleição de Ramagem no Rio de Janeiro.


O clima de tensão político-judicial se intensifica à medida que a operação se desenrola, trazendo à tona questionamentos sobre os limites da atuação da Polícia Federal em relação a membros do Congresso Nacional e ex-integrantes do governo. A busca por esclarecimentos sobre as motivações por trás da Vigilância Aproximada promete continuar gerando debates e análises nos próximos dias.


Enquanto a sociedade aguarda mais informações sobre o desfecho da operação, a incerteza paira sobre os possíveis desdobramentos políticos, especialmente no que diz respeito à relação entre as esferas de inteligência do país e as figuras-chave do cenário político brasileiro.

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