Ramagem é alvo de operação da PF sobre suposta espionagem


Operação "Vigilância Aproximada" Desmantela Suposto Esquema de Monitoramento Ilegal na Abin

Na manhã desta quinta-feira (25), agentes da Polícia Federal (PF) deflagraram a Operação "Vigilância Aproximada", cumprindo 21 mandados de busca e apreensão em endereços relacionados a indivíduos suspeitos de participar de um suposto esquema na Agência Brasileira de Inteligência (Abin). A investigação aponta para o monitoramento ilegal de autoridades públicas e cidadãos comuns. Entre os alvos, destaca-se o deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ), antigo diretor-geral da Abin.

A ação abrange 18 mandados em Brasília (DF), um em Juiz de Fora (MG), um em São João del Rei (MG) e outro no Rio de Janeiro. Batizada de "Vigilância Aproximada", a operação é um desdobramento da Operação Última Milha, iniciada em outubro de 2023 para investigar a utilização criminosa da ferramenta FirstMile.

Segundo informações da GloboNews, as buscas incluem o gabinete do deputado Ramagem e seu apartamento funcional da Câmara. Ramagem ocupou o cargo de diretor-geral da Abin de novembro de 2019 a março de 2022, quando deixou a instituição para concorrer às eleições, garantindo sua cadeira na Câmara dos Deputados.

Além das buscas, a PF anunciou medidas alternativas à prisão, incluindo a suspensão imediata de sete policiais federais supostamente envolvidos no monitoramento ilegal. Em comunicado, a corporação revelou que os investigados teriam estabelecido "uma estrutura paralela na Abin".

Segundo a PF, o grupo investigado "utilizou ferramentas e serviços daquela agência de inteligência do Estado para ações ilícitas, produzindo informações para uso político e midiático, para a obtenção de proveitos pessoais e até mesmo para interferir em investigações da Polícia Federal".

A corporação informou que os suspeitos podem ser responsabilizados pelos crimes de invasão de dispositivo informático alheio, organização criminosa e interceptação de comunicações telefônicas, informáticas ou telemáticas sem autorização judicial ou com objetivos não autorizados em lei.

A operação marca mais um episódio em meio às crescentes preocupações com a segurança e a privacidade no cenário político brasileiro. A PF reforça seu compromisso em combater práticas ilegais que comprometem a integridade das instituições e a confiança da população. O desdobramento desta investigação certamente terá repercussões significativas no ambiente político nacional, exigindo uma resposta transparente e eficaz das autoridades competentes.

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