Braga Netto xingou comandante do Exército que rejeitou plano de golpe


Conversa Vazada Revela Xingamentos de Braga Netto Contra Comandante do Exército


Uma conversa vazada entre o general Walter Braga Netto, ex-ministro da Defesa e candidato a vice-presidente na chapa de Jair Bolsonaro em 2022, e um ex-militar trouxe à tona xingamentos proferidos pelo general contra o general Freire Gomes, então comandante do Exército. A divulgação dessas mensagens pela Polícia Federal no âmbito da investigação sobre uma "tentativa de golpe de Estado" revelou a tensão nos bastidores do poder.


De acordo com os registros obtidos pela PF, Braga Netto chamou Freire Gomes de "cagão" e manifestou apoio à ideia de "oferecer a cabeça dele aos leões". As mensagens indicam uma clara discordância por parte de Freire Gomes em aderir ao plano de golpe de Estado, o que gerou a ira do general Braga Netto.


A conversa entre Braga Netto e o ex-militar Ailton Barros também revelou outros detalhes preocupantes. O general teria enviado mensagens indicando a residência de Freire Gomes e orientando Ailton a atacar o ex-comandante da Força Aérea Brasileira, tenente-brigadeiro Baptista Júnior, a quem adjetivou de "Traidor da pátria".


Além disso, Braga Netto teria elogiado o então comandante da Marinha, Almir Garnier Santos, que, segundo delação premiada do ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, tenente-coronel Mauro Cid, teria colocado suas tropas à disposição do ex-presidente para um golpe de Estado.


Essas revelações lançam luz sobre os bastidores políticos do país e levantam questionamentos sobre a integridade das instituições militares e a conduta dos altos escalões do governo. A tentativa de golpe de Estado, conforme apontada pela PF, seria uma resposta à derrota eleitoral de Bolsonaro em 2022 e visava mantê-lo no poder a qualquer custo.


A operação deflagrada pela Polícia Federal nesta quinta-feira (8) resultou em mandados de prisões preventivas, buscas e apreensões, além de medidas cautelares, com alvos que integram o entorno de Bolsonaro. O ex-presidente teve que entregar seu passaporte, evidenciando a gravidade das acusações e a profundidade das investigações em curso.


O contexto político do Brasil continua tenso e marcado por incertezas, com desdobramentos imprevisíveis à medida que novas informações vêm à tona. A transparência e a imparcialidade das instituições democráticas são fundamentais para garantir a estabilidade e a segurança do país, enquanto a sociedade aguarda por respostas e esclarecimentos sobre os acontecimentos que abalam as estruturas do poder.


Enquanto isso, as investigações prosseguem, e o desfecho dessa crise política ainda está longe de ser definido. O Brasil enfrenta um momento crucial de sua história, no qual a defesa da democracia e do Estado de Direito se torna ainda mais urgente e essencial para o futuro do país.

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