Depoimento do general Augusto Heleno na PF sobre Abin é adiado


Depoimento de General Augusto Heleno sobre Abin é Adiado


O depoimento do general Augusto Heleno, ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), na investigação sobre o suposto uso da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) para fins pessoais, foi adiado. Originalmente programado para esta terça-feira (6), o general seria ouvido na sede da Polícia Federal em Brasília. No entanto, a defesa solicitou acesso aos autos e solicitou prazo para analisar os documentos do inquérito.


A Abin, principal órgão do sistema de inteligência federal, é encarregada de produzir informações estratégicas sobre temas sensíveis, como ameaças à democracia, segurança das comunicações do governo e terrorismo. No entanto, a Polícia Federal alega que a agência teria sido utilizada com interesses privados.


O órgão fez parte da estrutura administrativa do GSI durante o período em que Heleno ocupou o cargo. Em março de 2023, durante o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), a agência foi transferida para a Casa Civil.


**Operações Contra Ramagem e Carlos Bolsonaro**


Na última quinta-feira, agentes da Polícia Federal realizaram uma operação em endereços ligados a pessoas suspeitas de participarem de um suposto esquema na Abin para monitorar, de forma ilegal, autoridades públicas e cidadãos comuns. Um dos alvos da ação foi o deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ).


A operação, denominada "Vigilância Aproximada", resultou no cumprimento de 21 mandados de busca e apreensão, sendo 18 em Brasília, um em Juiz de Fora (MG), um em São João del Rei (MG) e um no Rio de Janeiro. A ação é um desdobramento da Operação Última Milha, iniciada em outubro de 2023, que investiga o suposto uso criminoso da ferramenta FirstMile.


Os agentes realizaram buscas no gabinete do deputado Ramagem e em seu apartamento funcional. Ramagem foi diretor-geral da Abin entre novembro de 2019 e março de 2022, quando deixou o órgão para concorrer nas eleições e conquistou uma cadeira na Câmara dos Deputados.


Além disso, o vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos) também foi alvo de buscas no dia 29 de janeiro. Mandados foram cumpridos em seu gabinete na Câmara Municipal do Rio de Janeiro, em sua residência na capital e na casa de veraneio do ex-presidente Jair Bolsonaro em Angra dos Reis, onde o parlamentar havia passado o fim de semana anterior.

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