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O senador Rogério Marinho destacou a gravidade do atual momento político no Brasil durante uma coletiva de imprensa realizada em conjunto com deputados que têm sido alvo de perseguições por parte do ministro Alexandre de Moraes e do judiciário por ele controlado. Em suas palavras, Marinho ressaltou a preocupação com a escalada autoritária e a violação dos princípios democráticos e do Estado de Direito.
Durante o evento, o senador enfatizou que já se estabeleceu um padrão de desrespeito à Constituição e ao Estado de Direito, especialmente quando mais de 20 parlamentares da oposição são alvos do Poder Judiciário por supostos crimes de opinião. Marinho alertou que essa situação indica problemas sérios na democracia brasileira e exige ações para restabelecer a normalidade democrática.
Marinho expressou preocupação com a retirada das liberdades individuais e dos direitos humanos em nome da proteção à Constituição e ao establishment. Ele ressaltou a importância de fortalecer a democracia e restaurar a normalidade democrática diante das exceções que vêm se prolongando sem perspectiva de solução.
O senador fez referência a um lapso ocorrido durante a coletiva, quando o deputado Filipe Barros mencionou "mil anos" ao invés de "mil dias", comparando a situação atual a uma "noite sem fim". Ele destacou que os inquéritos políticos conduzidos pelo ministro Alexandre de Moraes já ultrapassam os dois mil dias, evidenciando a perpetuação de um processo inconstitucional e inquisitorial.
Marinho apontou uma série de irregularidades nos inquéritos em andamento e destacou o embate pelo controle da informação, comparando a situação brasileira à distopia retratada na obra de George Orwell, onde o Estado busca impor uma visão ideológica sobre a sociedade. Ele ressaltou que o pior pecado diante desse cenário é a omissão, conclamando a sociedade a se posicionar contra a escalada autoritária.
O senador anunciou que vai oficiar ao Senado da República para que a Procuradoria tome providências no sentido de levantar o sigilo dos inquéritos em curso, garantindo o direito de defesa dos envolvidos. Ele enfatizou a necessidade de repudiar qualquer tentativa de calar a população brasileira e de reafirmar os valores democráticos fundamentais.
Apesar dos esforços de alguns senadores para conter os atos autoritários, a inércia da Casa legislativa como um todo, em grande parte devido à postura do presidente Rodrigo Pacheco, tem permitido que os ataques à democracia continuem sem enfrentamento efetivo. A sociedade brasileira observa com preocupação os desdobramentos desse cenário, enquanto a pressão por ações para proteger os pilares democráticos se intensifica.