Desembargador Sebastião Coelho confronta ‘juiz iníquo e perverso’: ‘Nossa obrigação é expô-lo

Em uma mensagem divulgada pelas redes sociais, o desembargador aposentado Sebastião Coelho levantou sérias acusações contra o que ele descreve como um "juiz iníquo e perverso". Fazendo referência a uma passagem bíblica em Lucas 18, que descreve um juiz mau que acaba fazendo justiça para evitar ser importunado, Coelho expressou sua indignação com a inatividade de alguns juízes e ações polêmicas do Supremo Tribunal Federal (STF).


"O juiz iníquo é aquele perverso. É aquele que pratica injustiça, maldade, tem o seu coração voltado para o mal", disse Coelho em sua mensagem. Ele enfatizou que é dever dos cidadãos expor publicamente tais juízes e não transigir com a injustiça. "Nossa obrigação é expô-lo publicamente", declarou.


Coelho, que se tornou conhecido nacionalmente por anunciar sua aposentadoria ao vivo durante uma sessão do Tribunal do Distrito Federal e Territórios, explicou suas razões para deixar o cargo, apontando descontentamento com o STF. Ele acusou o ministro Alexandre de Moraes de inflamar divisões no país, referindo-se a uma declaração que Moraes teria feito durante sua posse como presidente do Tribunal Superior Eleitoral.


"Eu esperava sinceramente que o eminente ministro aproveitasse a presença dos principais candidatos e dos ex-presidentes da República, e do presidente da República, para fazer uma conclamação de paz para a nação. Mas, ao contrário, o que eu vi, ao meu sentir, o eminente ministro Alexandre de Moraes fez uma declaração de guerra ao País", acusou Coelho.


As críticas de Coelho não se limitaram apenas às palavras de Moraes, mas se estenderam às ações do STF, incluindo medidas tomadas em inquéritos políticos conduzidos pelo tribunal. Ele listou uma série de ações, como apreensão de equipamentos de jornais, prisões de jornalistas e políticos por "crime de opinião", quebra de sigilos e proibições de manifestações públicas e nas redes sociais.


"O magistrado tem que ter sobriedade. Quando o magistrado fala fora do processo, ele causa desagregação. E o magistrado foi feito, os juízes foram constituídos por Deus para fazer justiça e para pregar a paz", enfatizou Coelho.


A mensagem de Coelho rapidamente ganhou atenção nas redes sociais, acumulando milhares de visualizações e compartilhamentos. Muitos internautas expressaram apoio às suas declarações, enquanto outros levantaram questões sobre a independência do judiciário e a necessidade de reformas.


Enquanto as opiniões sobre as declarações de Coelho continuam divididas, suas palavras destacam as crescentes tensões políticas e institucionais no Brasil, especialmente em relação ao papel do judiciário e à garantia do estado de direito. O debate sobre o ativismo judicial e os limites do poder judiciário certamente continuará a ser um tema de discussão acalorada no país.

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