Nesta terça-feira (30), o Senado Federal aprovou por unanimidade a prorrogação do Programa Emergencial de Retomada ao Setor de Eventos (Perse), uma medida vital para auxiliar empresas afetadas pela pandemia de covid-19. A iniciativa, que já havia passado pela Câmara dos Deputados, mantém o teto de financiamento em R$ 15 bilhões até 2026 para 30 atividades econômicas distintas.
A proposta, agora a caminho da sanção do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), é uma resposta crucial para os setores de eventos, que enfrentaram desafios sem precedentes durante os últimos anos. A decisão representa um alívio significativo para empresas que lutam para se manterem à tona em meio às restrições impostas pela pandemia.
A senadora Daniella Ribeiro (PSD-PB), uma das principais defensoras do programa, recuou das mudanças que havia proposto anteriormente, optando por manter o texto aprovado pela Câmara dos Deputados. Uma das questões mais debatidas estava relacionada ao reajuste do valor de R$ 15 bilhões pela inflação, o que poderia resultar em custos adicionais de R$ 2 bilhões para o programa. No entanto, essa proposta foi deixada de lado.
O recuo de Daniella Ribeiro veio após uma reunião com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e representantes dos setores envolvidos. A equipe econômica expressou preocupações com os potenciais custos adicionais que poderiam surgir com o reajuste pela inflação, pedindo para que essa medida não fosse incluída no projeto de lei.
Apesar da pressão para manter o texto original, Daniella Ribeiro afirmou que a decisão de recuar das mudanças foi tomada em consideração aos interesses dos setores envolvidos. Ela explicou que qualquer alteração no texto exigiria que o projeto voltasse para a Câmara dos Deputados, prolongando ainda mais o processo de aprovação e implementação do programa.
"A pressa em aprovar a prorrogação do Perse e garantir apoio imediato às empresas afetadas pela pandemia pesou na decisão de manter o texto original. Apesar de considerarmos a possibilidade de ajustar o valor pela inflação, isso poderia atrasar o processo e prejudicar as empresas que dependem desse apoio", afirmou a senadora.
Com a aprovação da prorrogação do Perse, espera-se que as empresas do setor de eventos tenham um fôlego adicional para se recuperarem dos impactos econômicos da pandemia. Essa medida é fundamental não apenas para a sobrevivência dessas empresas, mas também para a preservação de milhares de empregos em todo o país.
Agora, resta aguardar a sanção presidencial para que o programa seja oficialmente estendido até 2026, proporcionando um suporte contínuo para um dos setores mais afetados pela crise provocada pela covid-19.