Moraes deixa o TSE, mas não deixará saudades

Após um período conturbado à frente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes finalmente deixou o cargo de presidente, trazendo um suspiro de alívio para a democracia brasileira. Sua gestão foi marcada por um desfile de autoritarismo, parcialidade e censura, minando a confiança no processo eleitoral e nos princípios básicos da liberdade de expressão.


Desde o início de sua gestão, Moraes demonstrou ser um agente partidário, inclinado a favorecer partidos e candidatos de esquerda. Suas decisões, muitas vezes, revelaram um viés claro, sempre prejudicando os setores conservadores. Essa falta de imparcialidade corroeu a credibilidade do TSE e lançou uma sombra de suspeita sobre suas ações.


Sob sua liderança, o TSE se transformou em um verdadeiro Ministério da Verdade, onde a censura reinou absoluta. Conteúdos foram removidos das redes sociais sem critérios transparentes, silenciando opositores e veículos de comunicação conservadores. Ao invés de proteger a liberdade de expressão, Moraes optou por uma abordagem ditatorial, digna dos regimes mais autoritários.


A judicialização da política se tornou uma marca registrada de sua gestão. Moraes não hesitou em utilizar o poder judiciário para intervir diretamente em disputas políticas, ferindo a separação dos poderes. Suas intervenções nas campanhas eleitorais foram descaradas e prejudiciais, visando enfraquecer adversários políticos específicos e influenciar o resultado das urnas a seu favor.


As investigações conduzidas contra políticos e ativistas de direita também foram alvo de críticas. A perseguição política foi evidente, com inquéritos e processos que mais pareciam caças às bruxas do que procedimentos judiciais legítimos. Essa postura apenas reforçou a percepção de um judiciário parcial, comprometido com uma agenda política específica.


As decisões monocráticas foram outro aspecto problemático de seu mandato. Ao agir sozinho, sem consultar o plenário do TSE, Moraes centralizou o poder de forma perigosa, comprometendo a colegialidade e a transparência do tribunal. Essa prática corrosiva é um reflexo de sua gestão autoritária e egocêntrica.


Com a saída de Moraes da presidência do TSE, espera-se um novo capítulo na história da democracia brasileira, marcado por um resgate dos valores democráticos e da imparcialidade no exercício do poder judiciário. Os desafios são grandes, mas a esperança de uma política mais transparente e justa permanece viva.
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