Em uma declaração que reacende tensões geopolíticas nas Américas, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou nesta sexta-feira (14) que já tomou uma decisão definitiva sobre uma possível ação militar contra a Venezuela. Embora tenha evitado revelar qual seria essa escolha, a fala sinaliza que Washington considera seriamente uma intervenção mais direta contra o regime de Nicolás Maduro, acusado pelo governo norte-americano de envolvimento com o narcotráfico e organizações criminosas.
“Não posso dizer qual seria a decisão, mas já me decidi”, afirmou o presidente a jornalistas, deixando claro que o plano está formulado, mas ainda guardado em sigilo máximo. A declaração ocorre após dois meses de incidentes envolvendo embarcações venezuelanas na região do Caribe, o que levou os Estados Unidos a reforçar significativamente sua presença militar no entorno da Venezuela.
Escalada militar: F-35, navios de guerra e submarino nuclear
Como parte desse reforço, Trump determinou o envio de aeronaves F-35, um submarino nuclear e diversos navios de guerra para a região estratégica. Além disso, o porta-aviões USS Gerald R. Ford — o mais avançado e poderoso da frota norte-americana — chegou à América Latina no início desta semana, trazendo mais de 75 aeronaves militares e cerca de 5.000 soldados. Trata-se do maior deslocamento militar americano no continente nos últimos anos, comparável apenas às operações de grande escala realizadas no Oriente Médio.
De acordo com fontes citadas pela agência Reuters, a Casa Branca realizou três reuniões de alto nível nesta semana para avaliar possíveis operações contra o país sul-americano. Uma das reuniões, menor e mais reservada, ocorreu na quarta-feira (12). No dia seguinte, um encontro mais amplo reuniu figuras estratégicas do governo: o vice-presidente J.D. Vance, o influente conselheiro Stephen Miller, o secretário de Defesa Pete Hegseth e o chefe do Estado-Maior Conjunto, general Dan Caine.
Trump participou pessoalmente da reunião realizada na Sala de Situação da Casa Branca. Lá, segundo relatos, recebeu uma apresentação detalhada de opções militares, que vão desde operações de precisão contra alvos estratégicos até ações coordenadas de maior escala. Stephen Miller, considerado um dos conselheiros mais influentes da administração, costuma presidir o comitê responsável pela avaliação de riscos e formulação de estratégias de segurança.
Maduro acusa tentativa de golpe internacional
Do outro lado, Nicolás Maduro acusa Trump de tentar removê-lo do poder desde que assumiu o mandato. No início de agosto, Washington dobrou para US$ 50 milhões a recompensa por informações que levem à prisão do líder venezuelano — um gesto diplomático raro e drasticamente combativo.
O governo dos Estados Unidos se refere a Maduro como “líder do narcotráfico”, alegando que o regime venezuelano mantém vínculos estreitos com grupos criminosos, guerrilhas e redes internacionais de tráfico de drogas. Desde 2020, o Departamento de Justiça americano acusa formalmente Maduro e outros altos integrantes do governo de conduzirem um “narcoterrorismo” transnacional.
Pentágono registra 20 ataques contra embarcações ligadas ao tráfico
As Forças Armadas dos Estados Unidos já vinham realizando operações de interceptação na costa venezuelana e em águas internacionais do Caribe e do Pacífico. De acordo com o Pentágono, ao menos 20 ataques contra embarcações supostamente usadas para o tráfico de drogas foram registrados recentemente, resultando na morte de aproximadamente 80 indivíduos envolvidos nas operações ilegais.
Especialistas apontam que esses ataques fazem parte de uma estratégia de pressão contínua, mas que a movimentação atual sugere algo muito maior, possivelmente um plano de longo prazo.
Base naval da Guerra Fria é reativada; Venezuela fala em "resistência guerrilheira"
A grande preocupação internacional se intensificou após informações de que os Estados Unidos estão modernizando uma antiga base naval da Guerra Fria no Caribe, o que sinaliza preparação para operações de longo prazo. Isso poderia incluir apoio logístico para ações terrestres em território venezuelano, caso seja autorizada uma intervenção.
Em resposta, o governo de Maduro já começou a mobilizar armamentos, muitos deles fornecidos pela Rússia, e afirma que organizará uma “resistência no estilo guerrilha” caso ocorra uma invasão. O discurso, segundo analistas, se assemelha à retórica usada pelo regime em momentos de crise, mas desta vez ocorre diante de sinais concretos de preparação militar por parte dos Estados Unidos.
Um conflito iminente?
A comunidade internacional acompanha com crescente preocupação. Embora Trump não tenha divulgado sua decisão, o conjunto de ações e movimentações militares indica que Washington está mais perto do que nunca de uma operação ofensiva contra a Venezuela. Caso isso ocorra, será o maior conflito envolvendo um país latino-americano desde a guerra das Malvinas.
Por enquanto, a ordem final permanece guardada — mas todos os elementos revelam que uma resposta norte-americana está pronta para ser executada a qualquer momento.
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