Sem título

 “Enfrentar o quê?”

— “Enfrentar a atuação política das Forças Armadas”, retrucou a youtuber.

Foi então que Lula fez um breve resumo acerca do que ele considera ingerência dos militares na política brasileira, lembrando a atuação dos militares na Proclamação da República, nos 15 anos de ditadura Vargas, na transição Juscelino/Jânio/Jango, culminando com o fim do regime militar em 85/88, desde o qual vivemos o nosso maior período de democracia contínua.

“Olha, querida, nós somos aquilo que aprendemos e praticamos ao longo de muitos e muitos anos. Desde a Proclamação da República, os militares têm ingerência na política brasileira. Nós tivemos um período em que eles tiveram menos (ingerência), que foram nos 15 anos de ditadura do Getúlio Vargas. Depois nós tivemos um pequeno período, em que foi a transição de Juscelino e a eleição do Jânio, com o Jango assumindo, e depois o grande período, que é o mais longo, sabe, se você quiser pegar 85 ou pegar 88, é o período mais longo de democracia contínua.”

Após esta resposta, Lula apresenta o que para si é o papel das Forças Armadas:

— Eu, sinceramente, acho que o papel das Forças Armadas está bem explícito na Constituição da República. Lá está escrito que as Forças Armadas é uma instituição que existe (tendo) como função básica proteger a soberania nacional, proteger o povo brasileiro contra possíveis inimigos externos, e garantir que a nossa soberania funcione. Tanto a soberania do espaço aéreo, tanto a soberania terrestre, a soberania das nossas fronteiras, a soberania das nossas florestas. Esse é o papel que eu acho as Forças Armadas têm que cumprir.

— O General Tomás disse publicamente que um dos esforços dele é fazer com que as Forças Armadas não sejam politicas, que sejam legalistas para cumprir aquilo que está na Constituição. Eu acho que vale para todas as Forças Armadas.