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 Stédile também expressou descontentamento com Lula, afirmando que foi um equívoco do presidente voltar a usar a palavra "invasão". Ele negou que o MST adote essa prática e argumentou que o movimento busca a ocupação de terras improdutivas para promover a reforma agrária.

Essas declarações mostram a cobrança de Stédile por uma ação mais efetiva do governo na implementação de políticas relacionadas à questão agrária e ao assentamento de famílias do MST.

Alvo da CPI do MST

João Pedro Stédile está sob a mira dos deputados da CPI do MST e foi convocado a prestar depoimento em agosto. O movimento está enfrentando críticas e a CPI está revelando o que chamam de "farsas" do MST.

Parlamentares da comissão realizaram visitas a propriedades invadidas pelo movimento no oeste de São Paulo, incluindo Presidente Prudente, Rosana e Sandovalina. Durante essas visitas, os deputados filmaram as condições precárias dos acampamentos, entrevistaram pessoas que afirmaram terem sido enganadas com promessas de terras e encontraram barracões destinados à doutrinação ideológica. Um documento assinado pelo relator da CPI, Ricardo Salles, contém essas informações.

O relatório da visita, que contou com a presença da Polícia Civil paulista, afirma que há um padrão de invasão e estruturação das terras em curto espaço de tempo, mesmo com grandes distâncias envolvidas. Esses elementos evidenciam o uso de pessoas em extrema pobreza como massa de manobra política.

O texto também destaca as condições degradantes em que os invasores vivem, afirmando que estão em uma situação possivelmente pior do que trabalhadores em condições análogas à escravidão. Muitos barracos estão desocupados e servem apenas como marcos. Além disso, chamou a atenção a presença de carros com placas de vários estados, como Paraná e Mato Grosso do Sul, que não pertenciam aos sem-terra presentes no local. As áreas ocupadas ficam sempre próximas a rodovias e não foi identificado um líder específico.

Essas informações reveladas pela CPI do MST reforçam as críticas e controvérsias em torno do movimento, levantando questões sobre suas práticas e alegações de engano e manipulação política.