PF ordena que Torres devolva os salários recebidos na prisão


Ex-ministro da Justiça, Anderson Torres, foi informado pela Polícia Federal que terá que devolver os salários recebidos durante o período em que esteve preso preventivamente. A decisão da PF se baseia em notas técnicas do Ministério do Planejamento, datadas de 2013 e 2020, que afirmam que servidores federais não podem receber remuneração enquanto estiverem afastados de suas funções devido a prisão preventiva.

Anderson Torres, que atuou como delegado da Polícia Federal desde 2003, recebia um salário mensal de aproximadamente R$ 30 mil. Segundo as normas mencionadas, a remuneração deve ser restituída caso o servidor seja absolvido pelo Poder Judiciário.

O ex-ministro permaneceu preso por quase quatro meses, totalizando 117 dias. Sua prisão ocorreu em 14 de janeiro de 2023, como parte de uma investigação sobre sua suposta omissão nos atos radicais ocorridos em 8 de janeiro, quando ele ocupava o cargo de secretário de Segurança Pública do Distrito Federal.

Durante o período de detenção, Anderson Torres foi mantido no Batalhão de Aviação Operacional da Polícia Militar, em Brasília. Em 11 de maio, por decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), Torres foi solto e passou a utilizar tornozeleira eletrônica.

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