No TSE, Moraes ironiza roupa de Luciano Hang: “Verde periquito”


Ministro Alexandre de Moraes ironiza Luciano Hang no julgamento que condena Bolsonaro e Braga Netto


Durante o julgamento no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que resultou na condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro e do general Walter Braga Netto por abuso de poder político e econômico nas comemorações do 7 de Setembro de 2022, o ministro Alexandre de Moraes, presidente da Corte, fez uma declaração surpreendente envolvendo o empresário Luciano Hang, conhecido apoiador de Bolsonaro.


Moraes ironizou Hang, descrevendo-o como um "cabo eleitoral" e mencionou sua "tradicional vestimenta verde periquito". Essa referência ocorreu em relação ao desfile cívico-militar em Brasília, onde Luciano Hang se encontrava na primeira fila da tribuna presidencial, entre o então presidente Bolsonaro e o presidente de Portugal, Rebelo de Sousa. Hang usava um terno e gravata nas cores do Brasil, o mesmo traje que utilizou durante seu depoimento na CPI da Covid em setembro de 2021.


Moraes considerou a cena "patética e triste para o Brasil" e criticou Bolsonaro por afastar o presidente de Portugal em favor de seu apoiador, que estava vestido dessa maneira peculiar.


Luciano Hang, dono das lojas Havan, é um aliado de Jair Bolsonaro e desempenhou um papel ativo na campanha de reeleição do ex-presidente. Ele também está atualmente sob investigação da Polícia Federal por troca de mensagens em um grupo de WhatsApp onde empresários discutiram informalmente um possível golpe de Estado caso Luiz Inácio Lula da Silva saísse vitorioso nas eleições.


Além disso, Hang já havia sido condenado à inelegibilidade pelo TSE em maio por utilizar a estrutura da Havan para influenciar o resultado do pleito em Brusque (SC).


A decisão do TSE de condenar Bolsonaro e Braga Netto foi aprovada por maioria de votos, com ambos sendo considerados inelegíveis e uma multa de R$ 425 mil sendo aplicada a Bolsonaro. Essa é a terceira leva de processos contra Bolsonaro julgada no TSE, e embora as condenações não afetem seu futuro político, o prazo de inelegibilidade começa a contar a partir do primeiro turno das eleições.

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