Investigado e sem função, Mauro Cid deve ser promovido a coronel


Tenente-Coronel Mauro Cid Pode Ser Promovido a Coronel Mesmo Envolvido em Investigação


Sem função no Exército desde setembro do ano passado, o tenente-coronel Mauro Cid, ex-adjudante de ordens de Jair Bolsonaro, pode ser promovido a coronel no próximo mês de abril, mesmo sendo alvo de investigações da Polícia Federal (PF).


Internamente, Mauro Cid atende a todos os critérios para promoção e é considerado "primeiro de turma", tendo obtido as melhores notas ao longo de sua formação militar. Isso o credencia a receber mais uma estrela no uniforme, o que representa a última etapa antes da carreira de general. Além disso, seu salário, juntamente com gratificações e adicionais, poderá chegar a R$ 30 mil brutos.


Segundo as regras da corporação, Mauro Cid só poderia ser impedido de concorrer à promoção caso se tornasse réu na Justiça, o que ainda não ocorreu até o momento. Fontes próximas às investigações não acreditam que isso deva acontecer antes de abril, o que significa que ele terá caminho livre para ascender na carreira militar.


Embora existam situações em que militares ficam com a carreira congelada, Mauro Cid não se enquadra em nenhuma delas. Sua defesa optou por não comentar o caso, e até o momento o Exército não se pronunciou sobre as promoções de abril.


Mauro Cid ficou preso por quatro meses no ano passado e foi solto em setembro, porém, precisa cumprir uma série de medidas restritivas, como usar tornozeleira eletrônica e não ter contato com outros investigados. Ele é investigado em ações como a venda de joias recebidas pelo ex-presidente, falsificação de cartões de vacina e organização de uma transmissão ao vivo em que Bolsonaro fez ataques contra o sistema eleitoral.


Os critérios e processos para a promoção de oficiais das Forças Armadas são regidos por uma lei de 1972, elaborada durante o regime militar. O decreto que regulamenta as promoções é de 2001 e estabelece que as promoções são analisadas pela Comissão de Promoção de Oficiais, composta por 18 generais e presidida pelo chefe do Estado-Maior do Exército.

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