Economistas que fizeram o "L" agora fazem críticas ao governo


Economistas que Apoiaram Lula Agora Fazem Críticas ao Governo


O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ainda nem chegou aos 500 dias em seu terceiro mandato, mas já conseguiu ser alvo de críticas até mesmo daqueles que apoiaram seu projeto de poder nas eleições de 2022. Na área econômica, nomes como Elena Landau, Pedro Malan e Persio Arida, que manifestaram abertamente o voto no petista, hoje falam em atrasos e retrocessos.


Ministro da Fazenda entre 1995 e 2003, Pedro Malan chegou a declarar publicamente antes do segundo turno de 2022, em uma carta assinada juntamente com os economistas Armínio Fraga, Edmar Bacha e Persio Arida, que votaria em Lula. Na época, o grupo disse que a expectativa deles era “de condução responsável da economia”.


No entanto, em fevereiro deste ano, em uma coluna do jornal *O Estado de São Paulo*, Malan expressou preocupações sobre os primeiros 400 dias do governo Lula III. O economista destacou que o Estado brasileiro “já se sobrecarregou de obrigações que testam os limites de sua capacidade”.


Persio Arida, outro signatário da carta de apoio ao petista, também já criticou o terceiro governo Lula. Em entrevista ao jornal *Valor Econômico*, o economista falou em retrocessos na agenda ambiental e na política externa, além de criticar os ataques de Lula ao Banco Central.


Elena Landau, que declarou voto em Lula no pleito de 2022, quando disse que o Brasil não podia “ser um pária no mundo”, avaliou o programa Nova Indústria Brasil, apresentado pelo petista em janeiro, como sendo ruim e com ideias atrasadas. Ao jornal *Folha de São Paulo*, a economista disse que Lula estava plantando um “novo desastre”, como fez em 2010.


Essas críticas de renomados economistas que antes apoiaram Lula evidenciam um cenário de insatisfação e preocupação com os rumos da política econômica do atual governo. Diante disso, fica claro que o debate sobre os desafios e as perspectivas para a economia brasileira continuará sendo um tema central na agenda nacional nos próximos meses.

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